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12/04/2025 00:00:00

ONU estima que mundo terá 10,3 bilhões de pessoas em meados de 2080

ONU estima que mundo terá 10,3 bilhões de pessoas em meados de 2080

Um relatório do Departamento Econômico e Social da ONU (Desa) projeta que a população mundial atingirá 10,3 bilhões de pessoas por volta de 2080, marcando um pico antes de iniciar um declínio gradual até o fim do século, quando deve totalizar cerca de 10,2 bilhões de habitantes. A estimativa faz parte dos debates da 58ª Sessão da Comissão sobre População e Desenvolvimento, que ocorre até 11 de abril na sede da organização, em Nova Iorque.

O documento destaca que fatores como fertilidade, mortalidade e migração internacional moldam o crescimento populacional. O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou que há uma mudança global em curso: as pessoas vivem mais e optam por famílias menores, o que caracteriza uma transição demográfica.

Brasil entre os países com pico populacional até 2054

Entre os países que alcançarão um pico populacional entre 2025 e 2054 estão Brasil, Irã e Vietnã. No caso brasileiro, o crescimento demográfico tende a desacelerar a partir desse período. O relatório também recomenda a ampliação de serviços voltados à automação e à qualificação de mão de obra em todas as faixas etárias, além da criação de oportunidades de trabalho para idosos que desejem permanecer ativos após a aposentadoria.

Portugal e Angola em destaque nas projeções

Portugal, Itália e Espanha deverão registrar aumento na expectativa de vida. Já Angola, ao lado de outros oito países africanos como Mali, Somália e Chade, poderá dobrar sua população até 2054. Juntas, essas nações devem concentrar mais de 20% do crescimento populacional global. Com isso, países como Paquistão, Nigéria e República Democrática do Congo tendem a ultrapassar os Estados Unidos em população.

Migração altera cenários regionais

A migração internacional tem papel relevante na mudança demográfica, especialmente em países como Portugal, Rússia e Espanha, onde contribui para o aumento do número de nascimentos. Em contrapartida, nações como Albânia, Armênia e Jamaica registram quedas nas taxas de natalidade. Apesar disso, o impacto da migração no crescimento populacional é considerado nulo em nível global, afetando apenas escalas nacionais ou regionais.

Queda na fertilidade e aumento da longevidade

A taxa global de fertilidade caiu significativamente nas últimas décadas, com a média atual de 2,25 filhos por mulher — um a menos que na geração anterior. A projeção é que esse número diminua para 2,1 até o fim dos anos 2040. Em contrapartida, a expectativa de vida aumentou 8,4 anos desde 1995, chegando a 73,3 anos em 2024. A estimativa para 2054 é de 77,4 anos. No fim da década de 2050, mais da metade das mortes deverá ocorrer a partir dos 80 anos de idade, uma elevação expressiva em comparação a 1995, quando esse índice era de apenas 17%.

África Subsaariana terá crescimento acelerado

A África Subsaariana deve ser responsável por uma parcela significativa do crescimento populacional global. A previsão é de que a região alcance 2,2 bilhões de habitantes até 2054 e 3,3 bilhões até o fim do século. Em contrapartida, países como Jamaica, Moldávia, São Vicente e Granadinas devem registrar queda na expectativa de vida para abaixo dos 72 anos.

Segundo o relatório, fatores como avanços na medicina, melhorias na higiene, nutrição e saúde pública explicam o aumento da longevidade. No entanto, crises como a pandemia de Covid-19 causaram interrupções temporárias nesse avanço. O documento reforça a importância de políticas que apoiem o envelhecimento ativo e promovam o bem-estar em todas as fases da vida.



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