Um helicóptero turístico caiu no Rio Hudson, entre os estados de Nova York e Nova Jersey, nesta quinta-feira (10), provocando uma operação de resgate de grandes proporções. Todas as seis pessoas que estavam na aeronave — o piloto e uma família de turistas espanhóis — morreram. Duas das vítimas ainda chegaram a ser socorridas com vida, mas não resistiram aos ferimentos. Três crianças estavam entre os mortos.
O prefeito de Nova York, Eric Adams, confirmou a tragédia em coletiva de imprensa. “Neste momento, todas as seis vítimas foram retiradas da água. E, infelizmente, todas foram declaradas mortas”, afirmou.
O helicóptero, pertencente à empresa New York Helicopters, decolou às 14h59 no horário local e, cerca de 16 minutos depois, perdeu o controle e caiu de forma invertida nas águas do rio, próximo à Estátua da Liberdade. O acidente ocorreu sob condições meteorológicas desfavoráveis, com ventos fortes e céu encoberto. O canal NBC4 relatou que seu próprio helicóptero não conseguiu operar no dia devido ao mau tempo.
O Hudson tem profundidade que pode chegar a 60 metros, e imagens do local mostram que os dispositivos de flutuação do trem de pouso foram acionados após o impacto. Ainda assim, todos os ocupantes da aeronave morreram. A temperatura da água nesta época do ano gira em torno dos 8?°C, segundo o Serviço Geológico dos EUA, o que reduz as chances de sobrevivência em caso de imersão prolongada.
As causas da queda ainda não foram determinadas e estão sendo investigadas pela Administração Federal de Aviação (FAA) e pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB), responsáveis por apurar acidentes aeronáuticos nos Estados Unidos.
O Rio Hudson já foi cenário de outros acidentes aéreos. O mais conhecido ocorreu em 2009, quando um avião da US Airways pousou emergencialmente nas águas após uma falha nos motores, salvando todos os 155 ocupantes. O episódio ficou conhecido mundialmente como o “Milagre no Hudson”.
Desde 1980, aproximadamente 30 acidentes envolvendo helicópteros foram registrados na cidade de Nova York. O presidente do distrito do Brooklyn, Mark Levine, defendeu que sejam aplicadas regras mais rígidas sobre o tráfego de helicópteros na região, visando evitar novas tragédias.