A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (10) a operação Copia e Cola, tendo como um dos principais alvos o prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos). A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos destinados à área da saúde.
Segundo a PF, a investigação começou em 2022 após suspeitas de irregularidades na contratação de uma Organização Social (OS) responsável por administrar serviços de saúde no município. Durante a apuração, também foram encontrados indícios de lavagem de dinheiro por meio de depósitos em espécie, pagamento de boletos bancários e transações imobiliárias.
Sequestro de R$ 20 milhões e proibição de novos contratos públicos
A Justiça autorizou o sequestro de bens e valores que podem chegar a R$ 20 milhões. Além disso, a OS investigada está temporariamente proibida de firmar novos contratos com órgãos públicos.
Mais de 100 policiais federais participam da operação, que ocorre não só em Sorocaba, mas também em outras cidades paulistas, como Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo e Osasco. Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido em Vitória da Conquista, na Bahia.
Prefeito reage nas redes sociais e diz ser alvo por desempenho em pesquisas
Em publicação nas redes sociais, o prefeito Rodrigo Manga — apelidado de "prefeito tiktoker" — sugeriu que a operação seria motivada por seu desempenho em pesquisas eleitorais. Segundo ele, a ação teria sido desencadeada após anunciar sua pré-candidatura à presidência da República. "Foi eu lançar minha candidatura à presidência da República, pontuar em terceiro lugar nas pesquisas internas e pontuar em segundo lugar para o governo de Estado, mandaram a Polícia Federal aqui em casa", afirmou.
Manga também declarou que não teme o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou qualquer outra autoridade que, segundo ele, esteja incomodada com sua projeção política.