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A presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), Sílvia Melo, se posicionou de forma contrária à criação de novas faculdades de medicina no estado, classificando a iniciativa como absurda. De acordo com ela, estão previstas 11 novas instituições em cidades do interior até o fim de 2025, o que tem gerado preocupação dentro da categoria.
Um dos casos citados é o da cidade de Penedo, onde já foi anunciada a oferta de 60 vagas. Apesar disso, o sindicato expressa insegurança quanto aos critérios e à qualidade do ensino oferecido pelas novas unidades. “Somos contra porque não sabemos os parâmetros e qualidade do ensino médico. As autoridades deveriam se empenhar na qualidade dos cursos existentes, ao invés de facilitarem a abertura desses empreendimentos”, afirmou Sílvia.
Falta de estrutura para aulas práticas e expansão sem garantias preocupam categoria
Outro ponto de crítica do sindicato é a ausência de hospitais de referência para a realização das aulas práticas. Além da ampliação em instituições já existentes, a graduação em medicina deve se espalhar para cidades como Coruripe, Feira Grande, Campo Grande e Coité do Noia. O campus de Arapiraca também foi autorizado a ampliar a quantidade de alunos.
A dirigente sindical aponta ainda que grandes grupos privados estão investindo no setor apenas com foco na lucratividade, sem um real compromisso com a saúde pública ou com a formação científica de qualidade. Segundo ela, o risco é formar profissionais mal preparados, o que ameaça diretamente a sociedade.
Sindicato cobra esclarecimentos sobre critérios e supervisão da formação médica
Sílvia Melo questiona a falta de informações sobre o funcionamento e o acompanhamento pedagógico das novas instituições. “Algumas questões precisam ser esclarecidas. Por exemplo: Quem garante a qualidade da formação acadêmica nessas instituições? Como será a prática médica? Haverá estágio supervisionado por especialistas capacitados? Quais os critérios estabelecidos para implantação dos cursos nos municípios contemplados com o negócio?”, indaga.
Ela conclui alertando que, quando se trata da formação de médicos, não há espaço para improvisos ou interesses comerciais que negligenciem a segurança da população.
