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Guerra
07/04/2025 16:00:00

Ataques de Israel na Faixa de Gaza deixam pelo menos 32 mortos

Ataques de Israel na Faixa de Gaza deixam pelo menos 32 mortos

Pelo menos 32 pessoas morreram neste domingo (6) após uma nova série de ataques israelenses na Faixa de Gaza, incluindo mulheres e crianças, segundo autoridades de saúde locais. A ofensiva ocorreu no momento em que o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, viajava aos Estados Unidos para uma reunião com o presidente Donald Trump, com foco na guerra.

Israel retoma bombardeios e pressiona por novo acordo com Hamas

Desde o fim do cessar-fogo com o Hamas no mês passado, Israel intensificou os ataques aéreos e terrestres na região, com o objetivo de forçar um novo acordo de trégua e a libertação dos reféns ainda em poder do grupo. Além disso, o governo israelense manteve o bloqueio à entrada de alimentos, combustível e ajuda humanitária em Gaza, agravando a crise humanitária. A agência da ONU para refugiados palestinos alertou que os estoques de suprimentos estão em níveis críticos e que a situação é desesperadora.

Durante a madrugada, bombardeios atingiram uma tenda e uma residência em Khan Younis, no sul do território, deixando 15 mortos — entre eles cinco homens, cinco mulheres e cinco crianças —, conforme relato do Hospital Nasser. Uma jornalista também foi vítima dos ataques. "Minha filha era inocente, amava o jornalismo", disse sua mãe, Amal Kaskeen. Em outro ponto da cidade, o corpo de uma criança com menos de dois anos ocupava uma das macas de emergência. "Trump quer encerrar a questão de Gaza rapidamente, isso ficou claro desde esta manhã", afirmou Mohammad Abdel-Hadi, parente de uma das vítimas.

Mortes também em Jabaliya, Deir al-Balah e Gaza

No campo de refugiados de Jabaliya, no norte de Gaza, ao menos quatro pessoas morreram, segundo o Ministério da Saúde local. Sete corpos, incluindo os de uma criança e três mulheres, foram levados ao Hospital Al-Aqsa Martyrs, em Deir al-Balah, na região central. Em Gaza, um ataque próximo a uma padaria matou ao menos seis pessoas, entre elas três crianças, conforme a defesa civil do território.

Hamas dispara foguetes e Israel responde

Os militares israelenses relataram o disparo de aproximadamente 10 projéteis a partir de Gaza, sendo a maioria interceptada. A ofensiva representou a maior sequência de lançamentos desde a retomada da guerra. O braço armado do Hamas assumiu a responsabilidade pelos ataques, enquanto fragmentos dos foguetes atingiram a cidade israelense de Ashkelon, sem deixar feridos.

Netanyahu e Trump se reúnem sob protestos e pressão internacional

Enquanto isso, manifestações se intensificaram em Jabaliya contra a guerra e também contra o Hamas. Imagens nas redes sociais mostraram moradores marchando e entoando gritos de protesto. Em Israel, cresce a insatisfação com os impactos da guerra, especialmente entre os familiares dos reféns. No sábado, parentes e alguns ex-reféns pediram a Trump que intervenha para pôr fim aos combates. A reunião entre Netanyahu e Trump, marcada para esta segunda-feira (7), será a segunda desde o início do novo mandato do presidente norte-americano.

Netanyahu declarou que discutirá a guerra e questões econômicas, incluindo uma nova tarifa de 17% imposta a Israel como parte de uma política global dos Estados Unidos. Ele afirmou que isso reflete a “conexão especial” entre os dois países em um momento crítico.

Conflito já deixou mais de 50 mil mortos em Gaza

Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas liderou um ataque que matou cerca de 1.200 pessoas em Israel e capturou 251 reféns, a resposta militar israelense resultou na morte de pelo menos 50.695 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Mais da metade das vítimas seriam mulheres e crianças. Outras 115.338 pessoas ficaram feridas. Israel afirma ter eliminado cerca de 20 mil combatentes do Hamas, mas não apresentou evidências para sustentar esses números. Atualmente, 59 reféns seguem em poder do grupo, sendo que 24 deles ainda estariam vivos.



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