O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez duras críticas à comunidade internacional diante da ausência de uma resposta mais enérgica após um ataque russo que atingiu sua cidade natal, Krivii Rih. O bombardeio, que ocorreu recentemente, deixou 19 mortos — incluindo nove crianças — e provocou sérios danos em diversas estruturas, entre elas seis escolas. Segundo o Exército ucraniano, a ofensiva russa teria utilizado munições cluster, armamento amplamente condenado por seu potencial letal contra civis.
Enquanto Moscou alegou, sem apresentar provas, que o ataque visava uma reunião militar e teria causado 85 mortes entre os ucranianos, autoridades da Ucrânia negaram tal versão, reforçando que os alvos atingidos foram claramente civis. A embaixadora dos Estados Unidos em Kiev, Bridget Brink, expressou indignação com o ataque, mas o presidente ucraniano considerou a manifestação insuficiente, apontando receio por parte de alguns países em condenar abertamente a Rússia.
Zelensky afirmou, por meio de uma publicação na rede social X, que o silêncio internacional diante da tragédia não apenas é inadequado, como também perigoso. Para ele, essa omissão pode servir como incentivo para que Moscou continue com sua campanha militar, ignorando qualquer tentativa de negociação ou cessar-fogo.
O presidente também agradeceu aos países que se manifestaram contra a agressão russa, destacando que o apoio global é fundamental neste momento crítico para garantir proteção aos civis e conter a escalada da guerra. Ele reforçou a necessidade de uma resposta mais firme e solidária por parte da comunidade internacional para evitar novos episódios de violência.
Enquanto isso, a Rússia acusa a Ucrânia de intensificar ataques contra sua infraestrutura energética. O governo ucraniano, no entanto, afirma que suas operações têm como foco exclusivo alvos militares. Relatos indicam ainda que drones ucranianos atingiram fábricas em território russo. Recentemente, ambos os países firmaram um cessar-fogo de 30 dias voltado à proteção da infraestrutura energética, mas mútuas acusações de violações colocam em risco a manutenção do acordo e alimentam o temor de novos confrontos.