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Guerra
04/04/2025 04:00:00

ONU exige respostas após ataque em Gaza que matou 15 socorristas, incluindo funcionário da organização

ONU exige respostas após ataque em Gaza que matou 15 socorristas, incluindo funcionário da organização

As Nações Unidas fizeram um apelo contundente por justiça e explicações após um ataque aéreo israelense que matou 15 socorristas no sul da Faixa de Gaza. Entre as vítimas estavam oito médicos palestinos, seis agentes da Defesa Civil e um funcionário da ONU. O ataque, que ocorreu em 23 de março, teve como alvos ambulâncias da Defesa Civil Palestina, da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino e um veículo da ONU — todos devidamente identificados. A operação de resgate só pôde ser iniciada cinco dias depois, com os corpos sendo encontrados em uma vala comum junto aos veículos destruídos, em Rafah.

O subsecretário-geral de Ajuda Humanitária da ONU, Tom Fletcher, classificou o episódio como "chocante" e exigiu “respostas e justiça”. A equipe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) auxiliou nas escavações e recuperação dos corpos, após autorização tardia de acesso por parte das autoridades israelenses.

Jonathan Whittall, representante do Ocha na região, afirmou que a cena era devastadora: socorristas fardados mortos enquanto tentavam salvar vidas. Ele ressaltou que “profissionais de saúde nunca devem ser alvos” e que “mesmo em zonas de conflito há regras que protegem civis e trabalhadores humanitários”.

Israel alega presença de militantes do Hamas

Segundo reportagens de agências internacionais, as Forças de Defesa de Israel justificaram o ataque afirmando que os veículos se aproximaram de forma considerada “suspeita” e que, entre os mortos, havia um integrante do Hamas e outros oito supostos militantes.

O incidente ocorreu poucos dias após o fim de um cessar-fogo de dois meses entre Israel e o grupo Hamas, encerrado em 18 de março. A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, que integra a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, confirmou que esse foi o ataque mais letal contra seus trabalhadores desde 2017. A ONU segue acompanhando o caso e cobrando responsabilização pelos ataques.



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