Agência Brasil
No dia seguinte ao anúncio de aumento nas tarifas de importação pelo ex-presidente Donald Trump, o mercado financeiro reagiu com menos turbulência do que o previsto. O dólar comercial teve forte queda, encerrando esta quinta-feira (3) cotado a R$ 5,629, o menor valor registrado desde 14 de outubro do ano passado, quando estava em R$ 5,58. A moeda americana recuou R$ 0,07, o equivalente a 1,23%, acumulando uma desvalorização de 8,91% em 2025.
Durante a manhã, a cotação chegou a cair ainda mais, atingindo R$ 5,59 por volta do meio-dia. No entanto, o valor voltou a ultrapassar R$ 5,60 à tarde, com parte dos investidores aproveitando a baixa para adquirir dólares e em meio a uma leve recuperação nos mercados internacionais.
Bolsa brasileira resiste à queda global e fecha praticamente estável
Diferentemente das bolsas internacionais, que registraram perdas significativas, o mercado acionário brasileiro teve um desempenho mais estável. O índice Ibovespa da B3 encerrou o dia aos 131.141 pontos, com queda marginal de 0,04%. Ao longo do dia, oscilou bastante, chegando a cair 0,55% pela manhã, subindo 0,91% pouco depois, e mantendo pequenas variações até o fechamento.
Mercados reagem ao impacto global das tarifas norte-americanas
As novas tarifas definidas por Trump — de 10% para a América Latina, 20% para a Europa e uma média de 30% para países da Ásia — abalaram os mercados globais. O dólar registrou queda generalizada em todo o mundo, enquanto o euro comercial valorizou-se 0,35%, fechando cotado a R$ 6,20.
Nos Estados Unidos, as principais bolsas de valores enfrentaram perdas expressivas. O índice Dow Jones caiu 3,98%, o Nasdaq recuou 5,97% e o S&P 500 teve baixa de 4,84%, refletindo o temor de que as novas tarifas impactem negativamente os lucros das grandes empresas americanas.
Mercados emergentes atraem investidores com impacto menor das tarifas
Apesar da instabilidade global, o Brasil e outros países emergentes registraram valorização de suas moedas. A avaliação predominante foi de que as tarifas de 10% impostas à América Latina tiveram um impacto mais brando do que o esperado, o que acabou atraindo investidores para esses mercados em busca de oportunidades em meio à reacomodação dos fluxos financeiros internacionais.