O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 2 de abril, um novo pacote de tarifas comerciais que, segundo ele, representa um marco para a economia americana. As medidas incluem uma taxa de 20% sobre os produtos da União Europeia e uma tarifa de 25% sobre todos os automóveis importados, com vigência a partir de meia-noite desta quinta-feira.
Trump promete resposta aos que “roubam os EUA”
Durante o pronunciamento, Trump utilizou gráficos para ilustrar as tarifas que, em sua visão, os outros países impõem sobre os produtos americanos. Apontou a União Europeia como um dos blocos que mais penalizam os EUA, afirmando que os europeus cobram 39% em taxas sobre produtos norte-americanos. “Eles parecem simpáticos, mas nos roubam à descarada”, afirmou. Em resposta, os EUA adotarão uma tarifa de 20% como forma de reação, embora Trump tenha ressaltado que isso ainda é menos do que os percentuais praticados pelos europeus.
Nova política inclui imposto geral de importação de 10%
Além das medidas específicas, o presidente também anunciou um imposto base de 10% sobre todas as importações, independente do país de origem. Trump justificou as ações dizendo que os EUA estão sendo “muito generosos”, já que outros países também impõem o que chamou de “barreiras não-tarifárias”, como entraves burocráticos e regulamentações que dificultam o comércio com os americanos.
Tarifas direcionadas também afetam principais parceiros comerciais
O pacote tarifário inclui medidas voltadas a diversos países. A China, que segundo Trump impõe tarifas de 67% aos produtos dos EUA, enfrentará uma nova taxa de 34%. O Vietnã terá uma tarifa de 46%, Taiwan 32%, o Japão 24%, a Índia 26%, a Coreia do Sul 25%, a Tailândia 36%, o Reino Unido 10% e a Venezuela 15%. As decisões atingem amplamente os parceiros comerciais dos Estados Unidos.
“A indústria americana renasce hoje”
Para Trump, o 2 de abril de 2025 será lembrado como um marco: “o dia em que a indústria americana renasceu”. Ele afirmou que essas ações representam uma “declaração de independência econômica”, reafirmando sua meta de fortalecer a produção interna como parte do lema “tornar a América grande de novo”.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, já havia antecipado na terça-feira que as tarifas entrariam em vigor imediatamente após o anúncio oficial, o que foi confirmado nesta quarta-feira pelo presidente.