A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 2, apontou uma queda na aprovação do governo Lula em todas as regiões do país, com destaque para o Nordeste, onde historicamente o petista conta com forte apoio popular. Segundo os dados, 52% dos eleitores nordestinos aprovam o governo atualmente, contra 59% em dezembro passado. A desaprovação, por sua vez, subiu de 37% para 46%. Desde outubro de 2024, a diferença entre aprovação e desaprovação caiu de 43 para apenas seis pontos percentuais, configurando a maior perda regional registrada nos últimos cinco meses.
Índices mais negativos surgem no Sul e Sudeste
A região Sul lidera o índice de desaprovação ao governo Lula, com 64% dos entrevistados rejeitando a atual gestão e apenas 34% aprovando — em janeiro, a desaprovação era de 59% e a aprovação, de 49%. No Sudeste, os números também pioraram, com a reprovação subindo de 53% para 60%, enquanto a aprovação caiu de 42% para 37%. No Centro-Oeste, a aprovação passou de 48% para 44%, e a desaprovação subiu de 49% para 52%.
Desaprovação cresce entre mulheres pela primeira vez
Pela primeira vez desde o início da série histórica da Genial/Quaest, a maioria das mulheres passou a desaprovar o governo. Atualmente, 53% das eleitoras rejeitam a administração Lula, contra 43% que aprovam. Em janeiro, os números eram mais equilibrados, com 49% de aprovação e 47% de rejeição. Entre os homens, a avaliação é ainda mais negativa: 59% desaprovam o governo, enquanto apenas 39% aprovam — um recuo em relação aos 45% que apoiavam Lula em janeiro.
Popularidade entre os mais pobres também cai
Mesmo mantendo maior respaldo entre a população com renda de até dois salários mínimos, o presidente também perdeu apoio nesse segmento. Hoje, 52% aprovam sua gestão, contra 45% que desaprovam. Em dezembro, os números eram mais positivos: 56% de aprovação e 39% de rejeição. Nas demais faixas de renda, o cenário é mais desfavorável. Entre os que recebem entre dois e cinco salários mínimos, 61% desaprovam o governo, ante 36% que o aprovam. Já entre os que ganham mais de cinco salários mínimos, a rejeição atinge 64%, enquanto apenas 34% aprovam.
A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.