O delegado e vereador por Maceió, Thiago Prado (PP), declarou nesta quarta-feira (2) que há elementos suficientes para a prisão preventiva do jovem acusado de estuprar e agredir Maria Daniela Ferreira, de 19 anos, em dezembro de 2024, no município de Coité do Nóia, em Alagoas. O caso, que segue sem desfecho judicial mais de três meses após a denúncia, tem gerado forte comoção.
A vítima afirma ter sido violentada por um rapaz de 18 anos, com quem mantinha um relacionamento. O Ministério Público de Alagoas já solicitou a prisão do suspeito, mas até o momento não houve decisão da Justiça, e o acusado permanece em liberdade.
Thiago Prado acompanha o caso e afirma que há fundamentos para a prisão preventiva, diante da gravidade dos fatos. “Esperamos que muito em breve a prisão do suspeito seja decretada para que ele comece a responder na forma da lei”, disse.
Maria Daniela passou por um longo processo de recuperação após as agressões. Ela ficou cinco dias em coma e precisou de cuidados intensivos na UTI, totalizando 19 dias de internação. Ainda enfrenta dificuldades motoras e depende de fraldas, cadeira de rodas e ajuda para tarefas básicas como se alimentar e tomar banho.
“O que a gente quer é justiça. Vai fazer quatro meses e ele está solto. A gente tem todas as provas de que aconteceu o crime. Os laudos médicos confirmaram estupro com agressão física e que houve asfixia”, afirmou o pai da jovem, demonstrando angústia diante da demora por respostas da Justiça.
Outro lado
Com a repercussão do caso, o pai do acusado, conhecido como Dedé Motos, divulgou um vídeo em defesa do filho. Ele afirmou que a relação entre os jovens teria sido consensual e negou as acusações de violência. “Diante o ato, a menina passou mal. Mas o meu filho foi um grande homem. Ele, em todo momento, deu assistência, socorreu”, declarou.
Enquanto o processo segue sem uma decisão definitiva, a família da vítima cobra celeridade e justiça, destacando o sofrimento contínuo da jovem e as consequências físicas e emocionais do crime.