Mesmo com a queda no número de notificações, os vírus respiratórios seguem fazendo vítimas no Amazonas. Em 2025, o estado já soma 15 mortes causadas por essas infecções, sendo 13 delas por Covid-19. Especialistas reforçam a importância das medidas de prevenção e da vacinação para conter o avanço das doenças.
Na terça-feira (1º), o governador Wilson Lima anunciou por meio de suas redes sociais que foi diagnosticado com Covid-19 e Influenza, o que reforça que os vírus ainda circulam e exigem cuidados contínuos. “Fui diagnosticado com Covid e com o vírus Influenza. Enquanto me recupero, obedecendo às recomendações médicas, ficarei trabalhando e coordenando as ações do governo de casa”, escreveu ele.
De acordo com o boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), divulgado em 31 de março, entre 1º de janeiro e 29 de março deste ano, foram notificados 919 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado, sendo 295 relacionados a vírus respiratórios. Esse número representa uma redução de 15,7% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 350 casos.
Apesar da queda nas notificações, o número de mortes mostra que a situação ainda exige atenção. As 15 mortes registradas até agora incluem, além das 13 por Covid-19, uma por rinovírus e outra por parainfluenza. No ano passado, no mesmo intervalo, o Amazonas contabilizou 33 mortes por essas doenças, o que indica uma redução de 54,5%.
O relatório também aponta que, nas três semanas entre 9 e 29 de março, os grupos mais afetados foram idosos com 60 anos ou mais (29,2%), bebês com menos de um ano (23,4%) e crianças entre 1 e 4 anos (15,9%). Em seguida, aparecem as faixas etárias de 20 a 39 anos (10,2%), 40 a 59 anos (10,2%), 5 a 9 anos (8,1%) e 10 a 19 anos (3,1%).
Entre os vírus mais detectados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) estão o rinovírus (58,5%), Influenza B (25,3%), o coronavírus SARS-CoV-2 (10%), Influenza A (4,8%) e adenovírus (4,1%).
Prevenção e atendimento são fundamentais
A secretária de Saúde do Amazonas, Nayara Maksoud, reforçou que é essencial procurar assistência médica diante de sintomas gripais e seguir hábitos preventivos. Segundo ela, o estado conta com 17 unidades de referência para atendimento de casos de SRAG, com equipes preparadas para oferecer suporte adequado.
Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS-RCP, orienta que a população mantenha cuidados como lavar as mãos frequentemente, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e evitar locais com muitas pessoas. O uso de máscara segue indicado para pessoas com sintomas, profissionais de saúde e indivíduos em grupos de risco.
Ela também destaca a importância de proteger crianças com menos de seis meses, evitando exposição a locais com risco de contaminação. A vacinação contra Covid-19 e Influenza está disponível em todo o estado e é recomendada para o público apto, sendo considerada uma das principais ferramentas para reduzir a transmissão e evitar quadros graves das doenças.
A FVS-RCP conclui que a melhor forma de conter o agravamento das infecções respiratórias continua sendo a prevenção e a procura imediata por atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas.