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Violência Sexual
02/04/2025 05:00:00

Pai denuncia que filha sofreu sequelas graves após ser dopada, agredida e estuprada: “O que a gente quer é justiça”

Pai denuncia que filha sofreu sequelas graves após ser dopada, agredida e estuprada: “O que a gente quer é justiça”

Um grave caso de violência sexual e física ocorrido em dezembro de 2024, na zona rural de Arapiraca, no Agreste de Alagoas, voltou a repercutir após um apelo público feito nesta terça-feira (1º) por Domingos Alves, pai da jovem Daniela, de 19 anos. Em vídeos publicados nas redes sociais, ele denuncia que a filha foi dopada, espancada e estuprada em uma chácara no Povoado Poção e que, desde então, sofre com sequelas neurológicas graves.

Segundo o relato da família, Daniela foi levada da casa de uma amiga até a chácara pertencente à família do suspeito, um jovem de 18 anos, filho de um empresário do ramo de veículos conhecido na região como “Dedé Motos”. O crime teria ocorrido em 6 de dezembro, e a jovem ficou internada por 19 dias, cinco deles em coma e quatro na UTI.

"Minha filha dirigia carro, moto... hoje ela não faz mais nada disso. Teve o cabelo cortado na emergência por conta do sofrimento que passou. Está em tratamento, usando fraldas, cadeira de rodas", desabafa o pai, que cobra justiça e se diz indignado com o fato de o suspeito ainda não ter sido preso. “Temos provas, laudos médicos, exames toxicológicos. Ela foi brutalmente espancada, sofreu asfixia. Queremos apenas que ele pague pelo que fez.”

De acordo com a família, laudos apontaram a presença de substâncias como diazepam, feniotína, haloperidol, nordiazepam e prometazina, indicando que a vítima foi drogada. Exames também confirmaram agressões físicas, sinais de estupro e tentativa de asfixia, resultando em danos cerebrais.

Nesta mesma terça-feira (1º), o pai do suspeito divulgou um vídeo ao lado do filho, negando as acusações. Ele afirma que os dois jovens já haviam saído juntos em outra ocasião e que, no segundo encontro, Daniela teria passado mal durante o ato sexual. Ainda segundo ele, o filho teria prestado socorro. O suspeito, porém, permaneceu em silêncio no vídeo.

A Polícia Civil segue investigando o caso, e o Ministério Público de Alagoas (MPAL) acompanha o inquérito. Até o momento, não houve prisão. A família da vítima segue buscando apoio e mobilização por justiça diante da gravidade do crime e da impunidade relatada.



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