A Polícia Militar de Alagoas enviou, nesta segunda-feira (31), seu grupo de gerenciamento de crises à sede da Prefeitura de Rio Largo, diante da instabilidade política provocada pela alegação de uma suposta renúncia do prefeito Carlos Gonçalves (PP). Desde o início da tarde, viaturas da PM permanecem no local para conter possíveis tumultos e evitar que a situação se agrave.
Prefeito nega renúncia e afirma que documento é fraudulento
Carlos Gonçalves declarou que a carta anunciando sua saída do cargo, assim como a do vice-prefeito Peterson Henrique, é falsa. Ele sustenta que não renunciou e continua exercendo legalmente a função para a qual foi eleito. “Sigo sendo prefeito de Rio Largo, eleito democraticamente com 32.496 votos”, afirmou.
O prefeito acusou o presidente da Câmara Municipal, Rogério Silva (PP), de tentar aplicar um golpe político ao anunciar a renúncia da chapa eleita em 2024 e tentar assumir o comando do Executivo municipal como prefeito interino. Gonçalves considerou a iniciativa inconstitucional e disse que a situação já foi levada ao Poder Judiciário.
Disputa política acirra crise institucional na cidade
Segundo Carlos, a suposta renúncia lida na sessão da Câmara é inválida e favorece diretamente o presidente da Casa Legislativa, que seria o principal beneficiado com a manobra. “Fomos surpreendidos, mais uma vez, com uma carta de renúncia fraudulenta. Todos sabem que já levamos essa situação às instâncias do Judiciário e reafirmamos: não existe renúncia nem intenção de deixar o cargo”, destacou o prefeito.
A crise gerou grande repercussão e aumentou a tensão no município. A presença da Polícia Militar visa garantir a ordem enquanto o impasse político é analisado pelas autoridades competentes.