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Guerra
31/03/2025 00:00:00

Ataques em Gaza deixam 40 mortos no dia do fim do Ramadã

Ataques em Gaza deixam 40 mortos no dia do fim do Ramadã

Pelo menos 40 pessoas morreram em bombardeios israelenses na Faixa de Gaza desde a meia-noite deste sábado (30), data que marca o início das comemorações do Eid al-Fitr, festividade que simboliza o encerramento do mês sagrado do Ramadã. Tradicionalmente, as famílias palestinas se reúnem nesta ocasião para rezar e compartilhar refeições especiais, mas este ano a celebração foi marcada por luto e destruição.

Os ataques atingiram diversas áreas do território, especialmente no sul do enclave. Segundo a agência palestina Wafa, três pessoas morreram em um bombardeio a uma casa na região de Shuka, em Rafah, e em um ataque com drone no campo de refugiados de Khan Yunis. Outros 20 mortos foram contabilizados em ofensivas ocorridas desde a madrugada, incluindo quatro vítimas que estavam em uma tenda para deslocados em Qizan Abu Rishwan, próximo a Jan Yunis, além de duas pessoas atingidas em Jabalía, no norte de Gaza.

O Crescente Vermelho Palestino também confirmou ter recuperado os corpos de 14 socorristas mortos há uma semana em Tal al-Sultan, bairro de Rafah, após uma ofensiva israelense. Desde o reinício da ofensiva de Israel em 18 de março — rompendo um cessar-fogo de quase dois meses —, o número de mortos em Gaza chegou a 50.277, conforme dados do Ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.

Netanyahu propõe saída para líderes do Hamas caso entreguem as armas

Apesar da expectativa de uma trégua para a data religiosa, o conflito segue intenso. O Egito, o Catar e os Estados Unidos tentam intermediar um novo cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses mantidos pelo Hamas desde o ataque de 7 de outubro de 2023, que deixou 1.218 mortos em Israel.

O grupo palestino declarou ter aceitado uma proposta apresentada pelos mediadores e aguarda a resposta de Israel, que, por sua vez, apresentou uma contraproposta. Em reunião com seu gabinete neste domingo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou que o Hamas poderá deixar Gaza caso entregue suas armas. Ele negou que seu governo esteja ausente das negociações e afirmou que a pressão militar tem surtido efeito.

“Estamos negociando sob fogo... já é possível perceber rachaduras na posição do Hamas”, disse Netanyahu, afirmando ainda que Israel pretende manter a segurança na região após o conflito e permitir a execução de um plano de reassentamento proposto pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que prevê o deslocamento da população de Gaza para outros países.

Enquanto isso, o Hamas afirmou estar disposto a renunciar à administração da Faixa de Gaza, mas não aceita abrir mão de seu armamento.



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