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Mundo
30/03/2025 00:00:00

Otan reafirma apoio à Polônia e ameaça resposta contundente à Rússia

Otan reafirma apoio à Polônia e ameaça resposta contundente à Rússia

A proteção da Polônia e dos países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) foi o foco das declarações do secretário-geral da aliança, Mark Rutte, durante coletiva de imprensa realizada esta semana em Varsóvia. Ao lado do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, Rutte assegurou que qualquer agressão contra aliados será enfrentada com total intensidade. A informação foi divulgada pelo site Politico.

“Quando falamos da defesa da Polônia e do território da Otan, qualquer engano de cálculo que leve alguém a atacar a Polônia ou outro aliado encontrará a resposta total dessa aliança determinada”, afirmou o secretário-geral.

Rutte foi direto ao apontar a Rússia como principal ameaça e deixou claro que a resposta da Otan seria devastadora. “Isso precisa estar evidente para Vladimir Vladimirovich Putin e para qualquer um que pense em nos enfrentar”, declarou.

Preocupação com os EUA não abala confiança na aliança

A visita de Rutte à capital polonesa acontece em meio a crescentes dúvidas sobre o comprometimento dos Estados Unidos com a aliança militar, especialmente após declarações críticas do presidente Donald Trump e de seus conselheiros a respeito do envolvimento americano na Europa.

Mesmo diante das incertezas, Rutte garantiu que os laços entre Estados Unidos e Europa seguem firmes. “A relação transatlântica continua sendo a base da nossa aliança e isso permanece inalterado”, assegurou.

Donald Tusk ressaltou o valor estratégico da Otan para a segurança da Polônia e reforçou o princípio de defesa coletiva previsto no Artigo 5, que obriga todos os membros a responderem em conjunto a qualquer ataque contra um deles. “É fundamental para nós termos a certeza de que a Otan protegerá a Polônia em qualquer situação crítica”, afirmou o premiê.

Polônia investe na proteção da fronteira com Rússia e Belarus

Além da proteção fornecida pela Otan, a Polônia está investindo em sua própria segurança por meio do projeto East Shield, um conjunto de fortificações construídas na divisa com a Rússia e Belarus, com custo estimado em 2,3 bilhões de euros e apoio financeiro da União Europeia. Segundo Tusk, “a Polônia está assumindo plena responsabilidade pela segurança de sua fronteira leste, que também é a fronteira da União Europeia”.

Mesmo com os esforços de reforço militar, o governo polonês demonstra apreensão quanto às negociações de paz entre Rússia e Ucrânia lideradas pelos Estados Unidos, sobre as quais, segundo Tusk, “temos influência bastante limitada, para dizer o mínimo”.

O primeiro-ministro defende que o encerramento do conflito deve respeitar as condições impostas pela Ucrânia. “Queremos a paz como ninguém, mas somente uma paz justa poderá nos garantir segurança real. Essa é a condição para a proteção da Polônia, da Europa e da Otan”, concluiu.



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