A creatina é um aminoácido que o próprio corpo humano produz a partir da combinação de lisina, metionina e arginina. Ela também está presente em alimentos de origem animal, como carnes vermelhas e peixes. Sua principal função é fornecer energia, especialmente para os músculos, sendo usada também por outros tecidos, como retina, intestino, músculos esqueléticos e neurônios.
Sua ação ocorre quando é convertida em fosfocreatina, substância que funciona como reserva imediata de energia. Isso favorece a regeneração do ATP, principal combustível celular, promovendo melhor desempenho físico, maior explosão em movimentos rápidos, recuperação muscular mais eficiente e estímulo ao ganho de massa muscular. Com o tempo, a produção natural de creatina diminui, tornando a suplementação benéfica até para quem não pratica exercícios físicos.
Benefícios da creatina vão além da musculatura
A creatina é um dos suplementos mais estudados e apresenta eficácia em cerca de 70% a 80% da população para ganho muscular. Há também indícios de que ela possa contribuir para a função cognitiva e auxiliar em casos de depressão, especialmente entre mulheres, segundo estudos menores.
Fontes alimentares naturais de creatina
Os alimentos com maior concentração de creatina são carnes vermelhas, como patinho, alcatra e filé mignon, e peixes como atum, sardinha, bacalhau e arenque. Frango e gema de ovo também contêm pequenas quantidades. Vegetarianos tendem a se beneficiar ainda mais da suplementação por consumirem menos creatina na dieta.
Qual a dose recomendada?
As doses diárias variam de 2 a 5 g, dependendo da composição corporal, dieta, nível de atividade física e metabolismo. Em alguns casos específicos, pode-se chegar a 10 g por dia, sempre com orientação profissional.
Possíveis efeitos colaterais e como evitá-los
Em algumas pessoas, o uso da creatina pode causar desconfortos gastrointestinais, como náusea e diarreia. Para minimizar esses sintomas, recomenda-se iniciar com doses menores e garantir boa hidratação ao longo do dia.
Mitos comuns sobre a creatina
– Causa dano renal: não há comprovação de que a creatina cause problemas renais em pessoas saudáveis. O aumento da creatinina em exames é normal nesses casos e não representa dano.
– Provoca queda de cabelo: não existe evidência científica que relacione a creatina com calvície.
– Causa inchaço: a creatina melhora a hidratação dentro dos músculos, mas não causa retenção líquida no corpo.
– É perigosa para adolescentes: ao contrário, pode até melhorar o desempenho físico e a saúde mental.
– Engorda: ela pode aumentar o peso por ganho de massa muscular, não por acúmulo de gordura.
Como tomar creatina corretamente
– Consuma junto com alimentos ricos em carboidratos para potencializar a absorção.
– Evite líquidos quentes, pois o calor pode prejudicar a estrutura da creatina.
– Evite altas doses de cafeína, que podem interferir na absorção.
– Pode ser consumida a qualquer hora do dia.
– O uso deve ser contínuo e não pontual para surtir efeito.
Vale a pena usar creatina?
Sim. A creatina é segura, eficaz e traz benefícios comprovados tanto para desempenho físico quanto para cognição. Sua suplementação é indicada para quem pratica atividades físicas, possui dieta pobre em creatina ou deseja otimizar a recuperação e a força muscular. Para melhores resultados, é essencial seguir orientação profissional e um protocolo regular de consumo.