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Economia
23/03/2025 07:00:00

Selic chega a 14,25%; entenda como taxa impacta o bolso dos brasileiros

Selic chega a 14,25%; entenda como taxa impacta o bolso dos brasileiros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Taxa Selic para 14,25% nesta quarta-feira (19), marcando a quinta alta consecutiva da taxa básica de juros e um aumento de 1 ponto percentual. A decisão tem como principal objetivo o controle da inflação, e analistas já projetam que a taxa pode alcançar 15% ao ano até dezembro.

Segundo o consultor financeiro e especialista em investimentos Renan Diego, a elevação da Selic afeta diretamente o comportamento de consumo da população e os investimentos das empresas. Ele explica que, diante do encarecimento do crédito, os brasileiros tendem a reduzir gastos com itens não essenciais e priorizar despesas básicas, como alimentação, medicamentos, aluguel, contas de luz e gás. “A alta da taxa também prejudica o desempenho da economia nacional, que pode apresentar retração nos próximos meses”, afirma.

A Selic é a taxa usada como referência nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), funcionando como base para outras taxas da economia. Com juros mais altos, o crédito se torna mais caro, o que desestimula o consumo e incentiva a poupança, reduzindo assim a pressão inflacionária. No entanto, esse movimento também desacelera a atividade econômica.

Organização financeira é essencial em cenário de juros altos

Renan destaca a importância de manter o controle financeiro durante períodos de juros elevados, já que muitas pessoas recorrem a empréstimos para arcar com despesas essenciais. O custo das linhas de crédito aumenta significativamente, elevando o risco de inadimplência entre os consumidores.

O especialista alerta que a decisão do Copom afeta diretamente os bancos, que repassam o aumento da Selic ao público. Isso resulta em elevação das taxas de juros em cartões de crédito, cheque especial e financiamentos, como os de imóveis e veículos, cujas parcelas tendem a ficar mais caras nos próximos meses.

Impactos para empresas e investidores

Além do consumidor, o aumento da Selic também afeta empresas de todos os portes. O encarecimento do crédito leva muitos empresários a adiar projetos de expansão ou novos investimentos. “Empresas que planejavam crescer terão que rever seus planos, pois o custo do crédito se tornou um obstáculo”, observa Renan.

Por outro lado, quem investe em renda fixa pode ser beneficiado. Títulos como Tesouro Selic, CDB, LCI, LCA e Tesouro IPCA+ tendem a oferecer melhores retornos, já que sua remuneração é baseada nos juros. No entanto, ativos de renda variável, como ações, fundos imobiliários e commodities, podem sofrer desvalorização diante da preferência dos investidores por aplicações mais seguras em tempos de juros elevados.



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