Novas creches municipais vão atender quatro mil crianças em Maceió ainda este ano

Como parte do programa Gigantinhos, considerado o maior conjunto de ações voltado à Educação Infantil em Alagoas, a Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), está erguendo 11 novos Centros Municipais de Educação Infantil. As unidades vão acolher cerca de quatro mil crianças em diversos bairros da capital alagoana até o fim de 2025.

Nos últimos cinco anos, a rede municipal passou por uma transformação significativa, ampliando o número de vagas em creches e reduzindo um déficit histórico. Em 2020, menos de 10 mil crianças estavam matriculadas. Esse número chegou a 16 mil em 2024 com a inauguração de 13 novas creches climatizadas e com funcionamento em tempo integral, proporcionando melhores condições para que as famílias possam trabalhar com tranquilidade, sabendo que seus filhos estão sendo bem cuidados.

Creches estão sendo construídas da parte alta ao litoral de Maceió

Das 11 novas unidades previstas para entrega em 2025, sete já estão com as obras em andamento. As construções abrangem bairros da parte alta, baixa e também da região litorânea de Maceió, contemplando áreas como Conjunto João Sampaio, Dubeux Leão, Garça Torta, Jacarecica, Ipioca, Riacho Doce, Trapiche, Jacintinho, Cidade Universitária, Petrópolis e Benedito Bentes.

Dentre as obras com maior avanço, destacam-se duas unidades no Benedito Bentes, nos conjuntos Morada do Planalto e Oiticica, com capacidade para 500 crianças cada, além de outra unidade no conjunto Parque Petrópolis, também com 500 vagas. Outras creches em construção ficam no conjunto Maceió I, na Cidade Universitária, com 500 vagas; na Garça Torta; e no conjunto Dubeux Leão, no Tabuleiro do Martins, ambas com 200 vagas. A previsão é que essas seis unidades, junto com a de Ipioca, sejam entregues ainda este ano.

Projetos encerram décadas de espera por vagas

O secretário municipal de Educação, Victor Braga, afirmou que a escolha dos locais para construção das creches teve como base um levantamento das regiões com maior demanda por vagas na Educação Infantil. Ele ressaltou que o programa Gigantinhos, lançado oficialmente em 2024 pela gestão do prefeito JHC e da então secretária Jó Pereira, seguirá em expansão.

“Estamos entregando creches muito aguardadas pela população, especialmente nas áreas mais vulneráveis. São unidades com estrutura moderna, equipe qualificada e ambientes planejados para o pleno desenvolvimento das crianças. O Gigantinhos trouxe uma nova perspectiva para a Educação Infantil e nossa meta é eliminar a fila de espera por vagas, deixando para trás anos de descaso e construindo um novo futuro para os pequenos maceioenses”, afirmou o secretário.

Município busca parcerias para ampliar atendimento

Além das creches próprias, a Prefeitura está negociando com a Rede Parceira a abertura de novas unidades para ampliar o atendimento a mais 10 mil crianças até 2026. Em abril de 2025, será inaugurado o Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lucineide Flores, conhecido como CMEI dos Flexais, no bairro Bebedouro, oferecendo 120 vagas. A unidade será administrada pela Semed e resulta de um acordo firmado em 2022 entre o município, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Defensoria Pública da União e a empresa Braskem, com foco na integração urbana e no desenvolvimento da área.

Com aproximadamente 800 m² de área construída, o espaço contará com estrutura completa, incluindo parque sensorial, solário, salas de apoio pedagógico e pessoal, fraldário, lactário, espaços de descanso e estacionamento.

Novo Complexo Educacional vai atender mais de mil estudantes

A Prefeitura de Maceió também avança com a construção de um Complexo Educacional no bairro Cidade Universitária, com metodologia do Sesi. O espaço terá capacidade para atender 1.080 estudantes do 6º ao 9º ano, sendo 540 por turno. A iniciativa é fruto de uma parceria com a Federação das Indústrias, como parte do acordo judicial entre a Braskem e o Ministério Público do Trabalho, em compensação pelos danos causados pelo afundamento do solo em diversos bairros.

Avaliado em R$ 25 milhões, o complexo contará com 12 salas distribuídas em dois pavimentos. Caberá à Prefeitura equipar e mobiliar a escola, além de disponibilizar a equipe de professores.