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Durante a sessão desta quarta-feira (19), os vereadores de Maceió exigiram maior transparência do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) a respeito das informações sobre o afundamento de solo na cidade. A cobrança veio após a publicação de uma nova nota técnica na terça-feira (18), elaborada em conjunto com a Defesa Civil de Maceió, que refutou recentes alegações sobre a possível ampliação da área afetada pela extração mineral da Braskem.
Uma nota anterior, produzida em 2022, mas divulgada somente este ano pela Defensoria Pública do Estado, apontava sinais de afundamento nos bairros Flexal de Cima, Flexal de Baixo, Bom Parto e Marquês de Abrantes, além de indícios de movimentação do solo na Avenida Fernandes Lima. No entanto, o novo documento afirma que essas informações não se sustentam, destacando que a região é monitorada continuamente e que não há necessidade de incluir outras áreas no mapa de risco.
Apesar da apresentação de argumentos técnicos, os parlamentares reforçaram a importância de tornar os dados mais acessíveis à população. A vereadora Teca Nelma destacou que o tema gera apreensão e dúvidas, tornando essencial uma comunicação mais clara.
O vereador Allan Pierre enfatizou que os parlamentares não são especialistas no assunto e, por isso, necessitam de informações detalhadas antes de qualquer posicionamento. Já Rui Palmeira questionou um possível conflito de interesses no Ministério de Minas e Energia, citando que, em 2018, um diretor da Agência Nacional de Mineração negou relação entre o problema e a mineração da Braskem, mas a CPRM posteriormente confirmou essa conexão.
O presidente da Câmara, Chico Filho, ressaltou que a Defesa Civil de Maceió não possui estrutura suficiente para conduzir estudos detalhados nos bairros atingidos e depende dos dados do Serviço Geológico Nacional, que, segundo ele, tem transmitido informações inconsistentes. Ele também alertou sobre a necessidade de um direcionamento claro para a cidade, principalmente em relação ao plano diretor e o futuro das áreas afetadas.
