Movimentos de direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram neste domingo (16) no Corredor Vera Arruda, em Maceió, para reivindicar anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O ato fez parte de uma mobilização nacional que busca reunir milhares de pessoas em diversas cidades do país, tendo como destaque um grande evento previsto para a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Lideranças conservadoras de Alagoas participaram da manifestação, argumentando que as penas aplicadas aos envolvidos foram excessivas e motivadas por razões políticas. O deputado estadual Cabo Bebeto afirmou que os réus estão sendo tratados de maneira desproporcional. "O que houve ali foi vandalismo, e as pessoas estão sendo tratadas como terroristas. Dezessete anos de cadeia é desproporcional em um país onde estupradores e traficantes saem no dia seguinte. A gente pede anistia e fora Lula", declarou.
O vereador Leonardo Dias também criticou a dosimetria das penas, alegando que não houve equilíbrio na decisão judicial. "No dia 8 de janeiro, pessoas foram condenadas a 14, 17 anos, e não são criminosos. Talvez, em um momento de fúria, tenham tomado ações erradas. O Judiciário age por revanche política", disse.
Já o vereador Thiago Prado apontou o evento como um ato contra o governo federal. "O governo está desmontando a economia, a segurança pública está um caos, e o crime organizado cresce. Enquanto isso, aqueles que participaram do 8 de janeiro são responsabilizados por um crime que exige armamento e preparo, o que não aconteceu. A condenação é injusta", afirmou.
O deputado federal Fábio Costa destacou casos que, segundo ele, evidenciam a desproporcionalidade das penas. "Como alguém que fez um desenho em uma estátua é condenado a 17 anos de prisão? Como uma senhora de 71 anos recebe 13 anos de pena sem ter depredado nada? Isso é perseguição política", afirmou.
A pensionista Telma de Oliveira, participante do ato, reforçou o apoio à anistia. "Nossa bandeira é por fora Lula e pela anistia dos injustiçados. Estamos aqui sempre que há convocação pelo nosso país e por um futuro melhor", declarou.
Embora alguns alagoanos tenham sido presos após os eventos de 8 de janeiro, atualmente eles respondem aos processos em liberdade. A mobilização nacional segue com atos programados em outras cidades ao longo do ano.