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Mundo
15/03/2025 02:00:00

Reino Unido e França articulam coalizão para fortalecer segurança da Ucrânia

Reino Unido e França articulam coalizão para fortalecer segurança da Ucrânia

Diante da possibilidade de uma redução ou até mesmo do fim do apoio militar dos Estados Unidos à Ucrânia sob o governo de Donald Trump, Reino Unido e França lideram esforços para formar uma coalizão internacional que garanta a defesa ucraniana em um cenário de eventual acordo de paz com a Rússia.

Ministros da Defesa das cinco principais potências militares europeias – Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Polônia – se reuniram esta semana em Paris para discutir estratégias que assegurem a proteção da Ucrânia após um possível cessar-fogo. O ministro francês da Defesa, Sébastien Lecornu, enfatizou a importância da capacidade militar ucraniana para a estabilidade futura, destacando que a principal garantia de segurança do país está em seu próprio Exército, suas capacidades, armamentos e treinamentos.

A urgência desses encontros está diretamente ligada aos esforços dos EUA para viabilizar uma trégua no conflito. Líderes europeus temem que um acordo desfavorável à Ucrânia possa fragilizar sua posição estratégica diante da Rússia. Por isso, militares e autoridades políticas intensificaram diálogos para assegurar que a proteção de Kiev não fique exclusivamente dependente de Washington.

Uma das propostas discutidas envolve a criação de uma “força de garantia” composta por tropas europeias posicionadas tanto em solo ucraniano quanto em países vizinhos. A ideia foi debatida em reuniões que contaram com a participação de aliados fora da Otan, como Japão, Austrália e Nova Zelândia. Cada nação está avaliando possíveis contribuições, desde o envio de tropas para áreas estratégicas até o fornecimento de equipamentos militares como navios, tanques e tecnologia de inteligência.

O ministro britânico da Defesa, John Healey, confirmou que os encontros continuarão na próxima semana, focados no planejamento militar. No fim de semana, líderes devem realizar uma reunião virtual para consolidar uma proposta formal, que será posteriormente apresentada aos Estados Unidos. O objetivo é garantir pelo menos suporte aéreo, inteligência e monitoramento de fronteiras, evitando a necessidade de tropas americanas em solo europeu.

Para especialistas como Ben Barry, do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, a participação dos EUA é essencial para a eficácia da coalizão. Ele alerta que, sem o apoio norte-americano, a força teria menos capacidade de inteligência e proteção contra mísseis balísticos. A expectativa é de que Trump aceite fornecer suporte aéreo e de vigilância, evitando comprometer tropas em território europeu.



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