Sintomas da menopausa afetam 25% da população feminina e podem impactar qualidade de vida

Cerca de 28 milhões de brasileiras, representando 25% da população feminina, vivenciam os desafios do climatério, período de transição que marca o fim da fase reprodutiva e a chegada da menopausa. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa fase ocorre entre os 45 e 65 anos e pode causar sintomas como mudanças de humor, insônia, enxaquecas, irritabilidade, perda de libido, ressecamento vaginal e alterações menstruais.

A ginecologista Tânia Filgueira, do Hospital Jayme da Fonte, explica que a menopausa ocorre devido à queda dos níveis hormonais, especialmente do estrogênio, resultando na falência dos ovários e na interrupção da produção desse hormônio. Embora a maioria das mulheres entre na menopausa entre os 49 e 51 anos, algumas podem ter menopausa precoce, antes dos 40, devido a fatores como anormalidades cromossômicas, doenças autoimunes, exposição a substâncias tóxicas, radioterapia ou cirurgias ginecológicas. Mulheres fumantes também apresentam maior risco de antecipar essa fase.

Para lidar melhor com a menopausa, a especialista recomenda manter hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, atividade física, sono regulado e controle do estresse. Além disso, a terapia de reposição hormonal pode ser considerada a partir dos 40 anos, sempre com orientação médica. Tânia também alerta para a necessidade de manter o acompanhamento ginecológico mesmo após a última menstruação, já que a incidência de cânceres no endométrio, ovários, vulva e intestino tende a aumentar após essa fase.

Apesar da relevância do climatério, o tema ainda é pouco discutido, mesmo durante o mês da mulher, que destaca a luta por direitos e a valorização feminina. A conscientização sobre a menopausa é essencial para garantir qualidade de vida e bem-estar às mulheres que enfrentam essa transição.