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Acidente
13/03/2025 21:00:00

Vereadores cobram medidas urgentes após nota técnica indicar movimentação do solo além da Av. Fernandes Lima

Vereadores cobram medidas urgentes após nota técnica indicar movimentação do solo além da Av. Fernandes Lima

Durante sessão desta quinta-feira (13), na Câmara Municipal de Maceió, o vereador Allan Pierre (MDB), líder do partido e integrante da Comissão de Assuntos Urbanos, destacou a recente divulgação de uma nota técnica que aponta movimentações do solo em áreas além da Avenida Fernandes Lima. O documento, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em abril de 2022, foi disponibilizado apenas na última terça-feira (11) pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL).

A análise técnica revela indícios de subsidência nas comunidades de Flexal de Cima, Flexal de Baixo, no bairro Bom Parto, e na Rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro, locais que até então não eram considerados áreas de risco. O relatório também sugere que a delimitação atual da área afetada pode estar incorreta e alerta sobre falhas no monitoramento, indicando que subsidências menores podem estar passando despercebidas. Como solução, recomenda-se a adoção de tecnologias avançadas, como Laser Scanner e levantamentos topográficos detalhados.

Diante dessas revelações, Pierre enfatizou a necessidade de uma resposta rápida do legislativo municipal. "Estamos lidando com um problema que já aflige milhares de maceioenses, e essa nota técnica, oculta desde 2022, amplia ainda mais o cenário de risco. Não podemos esperar mais para agir", afirmou.

O vereador Leonardo Dias (PL), ex-presidente da Comissão Especial Parlamentar dos Bairros em Afundamento do Solo, ressaltou que os dados apresentados no relatório não foram considerados no mapeamento de risco até o momento. “Se há evidências de subsidência causada pela Braskem, os moradores dessas novas áreas devem ter os mesmos direitos de indenização e reassentamento dos já reconhecidos. É fundamental promover audiências públicas para entender a extensão do problema”, defendeu.

Já Thiago Prado (PL) destacou a necessidade de cautela na abordagem do tema para evitar alarmismo. "O estudo é sério e precisa ser levado em consideração, mas não há confirmação de uma tragédia iminente. Precisamos agir com transparência e responsabilidade", disse.

A vereadora Teca Nelma (PT) chamou a atenção para a credibilidade das informações divulgadas, relembrando a denúncia do Ministério Público contra Abelardo Pedro Nobre, coordenador da Defesa Civil de Maceió, por falsidade ideológica, o que levanta questionamentos sobre a transparência dos dados oficiais sobre o afundamento do solo.

Diante da gravidade do cenário, os vereadores propuseram a convocação urgente da Comissão de Assuntos Urbanos para analisar a nota técnica, ouvir especialistas e definir ações concretas. "A Rua Virgínio de Campos, no bairro do Farol, já foi desocupada e está a menos de 300 metros da Fernandes Lima. Partes do Cepa foram interditadas. A natureza segue seu curso e o problema pode se agravar. Não podemos tratar esse alerta como algo a ser debatido no futuro", concluiu Pierre.



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