Durante uma operação no Jardim Primavera, na Zona Leste de São Paulo, a Polícia Militar localizou uma clínica clandestina utilizada pelo crime organizado para atender criminosos feridos em confrontos e ocorrências policiais. O espaço, equipado com macas e medicamentos, foi descoberto após os agentes ouvirem gemidos de dor vindos do interior do imóvel. Ao perceberem a presença da polícia, os ocupantes tentaram apagar as luzes, mas os policiais entraram no local.
No interior da clínica, os agentes encontraram um homem baleado sendo tratado em uma maca. Além dele, um outro suspeito, uma enfermeira, um biomédico e uma vendedora estavam no estabelecimento. O ferido foi encaminhado ao hospital, enquanto o segundo suspeito foi detido. As outras três pessoas encontradas no local estão sob investigação.
Horas antes da descoberta da clínica, um policial da reserva presenciou um assalto a uma farmácia no bairro do Itaim Bibi, na Zona Sul da capital. Durante a ação, o agente reagiu e trocou tiros com os criminosos, atingindo um deles na perna. Os suspeitos conseguiram fugir. Posteriormente, a polícia encontrou a clínica clandestina atendendo um homem baleado na perna, levantando a suspeita de que se trate do mesmo indivíduo envolvido no roubo.
A Polícia Civil instaurou dois inquéritos para investigar tanto o assalto à farmácia quanto o funcionamento da clínica clandestina, que pode ter ligação com os roubos de medicamentos na cidade. As investigações seguem para identificar a extensão da rede criminosa e seus responsáveis.