O programa Partiu IF, lançado esta semana pelo Ministério da Educação (MEC), pretende preparar até 2027 aproximadamente 78 mil estudantes para o ingresso em cursos técnicos integrados ao ensino médio da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que inclui institutos federais (IFs), centros federais de educação tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II. Os selecionados receberão uma bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 200 durante oito meses, mesmo valor oferecido atualmente pelo programa Pé-de-Meia, também do MEC, destinado a incentivar a conclusão do ensino médio.
Poderão participar estudantes do 9º ano do ensino fundamental público, em especial aqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social e pertencem aos grupos prioritários definidos pela Lei de Cotas (Lei nº 14.723/2023). Estão contemplados alunos negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência ou estudantes cujas famílias possuam renda per capita mensal de até um salário mínimo.
Ao todo, 37 IFs, o Cefet-MG e o Colégio Pedro II aderiram ao programa, ofertando cada instituição uma turma de 40 vagas por unidade, o que totaliza 650 turmas espalhadas pelo país. As inscrições para o Partiu IF devem ser feitas diretamente nos sites das instituições participantes, onde serão divulgados também cronograma, resultados e datas para início das aulas.
A seleção dos participantes ocorrerá inicialmente por análise documental, com apresentação de matrícula em escola pública, comprovação de vulnerabilidade social e autorização dos pais ou responsáveis. Os candidatos aprovados nessa etapa terão suas vagas definidas por meio de sorteio eletrônico.
Neste ano, o MEC destinará R$ 115 milhões para implementar o programa e ofertar 26 mil vagas. Até 2027, o investimento total previsto alcançará R$ 463 milhões, beneficiando os 78 mil estudantes planejados.
O Partiu IF tem como principal objetivo proporcionar aos alunos da rede pública, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade, acesso a uma educação de excelência. Além das disciplinas básicas, como português, matemática e ciências da natureza, o programa oferecerá também oficinas de redação, acompanhamento psicopedagógico e orientação acadêmica, totalizando uma carga horária de 320 horas. O propósito é combater desigualdades educacionais já identificadas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), facilitando o ingresso dos estudantes nos cursos técnicos integrados.
As informações são da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), divulgadas pela Assessoria de Comunicação Social do MEC.