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Mundo
13/03/2025 04:00:00

Forças do Paquistão resgatam mais de 150 passageiros de trem sequestrado por separatistas no Baluchistão

Forças do Paquistão resgatam mais de 150 passageiros de trem sequestrado por separatistas no Baluchistão

Mais de 150 passageiros do trem Jaffar Express, sequestrado por separatistas na província do Baluchistão, no Paquistão, foram resgatados pelas forças de segurança nesta quarta-feira (12). O ataque ocorreu na véspera, quando o comboio, que transportava mais de 400 pessoas, foi interceptado por membros do Exército de Libertação Balúchi (ELB), grupo armado que reivindica a independência da região. As informações são da rede Al Jazeera.

O trem, que fazia a rota entre Quetta e Sibi, foi forçado a parar em uma área montanhosa, onde os rebeldes detonaram explosivos e bloquearam a passagem pelos túneis do Bolan Pass. Durante o confronto entre os separatistas e as forças de segurança, pelo menos 27 combatentes do ELB foram mortos, além de dez passageiros, incluindo o maquinista.

Apesar do resgate de parte dos reféns, cerca de 200 passageiros, em sua maioria militares, ainda permanecem sob domínio do grupo armado. A ação dos separatistas veio acompanhada de um ultimato ao governo paquistanês, exigindo a liberação de prisioneiros políticos balúchis e ativistas da resistência nacional dentro de 48 horas. Até o momento, Islamabad não se pronunciou oficialmente sobre as demandas.

A situação humanitária dos reféns retidos pelo grupo preocupa as autoridades locais, especialmente pelo uso de mulheres e crianças como escudos humanos, o que impede uma ofensiva militar mais intensa. “Os militantes estão impedindo uma ação total ao se protegerem por meio dos reféns”, afirmaram fontes militares sob anonimato.

Conflito no Baluchistão

O Exército de Libertação Balúchi luta há décadas por maior autonomia política e controle sobre os recursos naturais da província, uma das mais ricas em minerais do Paquistão. O grupo tem resistido a projetos de infraestrutura como o Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC), que, segundo os separatistas, beneficia Islamabad e Pequim sem melhorar as condições da população local.

Os balúchis argumentam que o investimento bilionário chinês na região apenas reforça a exploração dos recursos naturais sem trazer benefícios diretos para os moradores. Como resultado, o sentimento de revolta contra a presença chinesa e o governo paquistanês tem se intensificado, levando a novos ataques e confrontos armados.



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