Jornada de Lutas das Mulheres do MST inicia mobilizações contra o agronegócio e a exploração capitalista

A Jornada Nacional de Lutas das Mulheres do MST tem início nesta terça-feira (11) e contará com mobilizações em diversas regiões do país até sexta-feira (14). Durante o período, militantes participarão de encontros, mutirões de plantio, formações, marchas e protestos contra o modelo capitalista e seus impactos sociais e ambientais.

Com o lema "Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o Capital", a jornada busca denunciar os danos causados pelos setores do agronegócio, da mineração e da exploração da água. Segundo as organizadoras, esses modelos de produção são responsáveis por diversas violações, como o esgotamento dos recursos naturais, a contaminação do solo e da água, além da precarização da vida das populações do campo.

As manifestações também reforçam a importância da reforma agrária popular, vista pelo movimento como uma alternativa para enfrentar crises como a emergência climática, a fome e as desigualdades estruturais. O manifesto da jornada destaca que essa reforma deve ser não apenas um modelo produtivo, mas um processo de transformação social, rompendo com estruturas de dominação baseadas em classe, gênero, raça e outras formas de opressão.

As atividades da jornada acompanham o calendário de lutas do mês de março, ressaltando o papel das mulheres na resistência contra a concentração de terras, as injustiças ambientais e a mercantilização da vida.