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Geral
11/03/2025 18:00:00

Jornal aponta estratégia de ministro do STF para conter crescimento eleitoral de Bolsonaro

Jornal aponta estratégia de ministro do STF para conter crescimento eleitoral de Bolsonaro

Uma reportagem divulgada pelo jornal O Globo neste domingo (9) revelou que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) estaria atuando para impedir que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consiga formar maioria no Senado. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, o magistrado estaria mantendo conversas com governadores, tentando convencê-los a disputar vagas no Senado para barrar o fortalecimento da base bolsonarista no Congresso.

A denúncia gerou forte repercussão nas redes sociais, levantando debates sobre a possível atuação político-partidária de ministros do STF, algo que é vedado tanto pela Constituição quanto pelo Estatuto da Magistratura.

O advogado constitucionalista Andre Marsiglia citou a Lei dos Crimes de Responsabilidade (Lei 1.079/1950), que prevê a cassação do cargo de magistrados que se envolvam politicamente. Ele destacou que o artigo 39 da legislação proíbe expressamente ministros do STF de exercerem atividades políticas, argumentando que um governador poderia denunciar o caso. No entanto, Marsiglia acredita que dificilmente haverá qualquer ação concreta contra o magistrado.

A denúncia também provocou reações entre parlamentares. O senador Rogério Marinho (PL-RN) criticou a politização do STF, alertando que esse tipo de interferência compromete o equilíbrio entre os poderes. Ele destacou que a separação entre Legislativo, Executivo e Judiciário é um princípio fundamental da democracia e que o ativismo político por parte de ministros do STF estaria desequilibrando o cenário institucional.

O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou a publicação do senador, expressando preocupação com a possível interferência do Judiciário no processo eleitoral. O cientista político Flávio Gordon, colunista da Revista Oeste, também se manifestou, reforçando as críticas à atuação política de ministros da Suprema Corte.

O episódio reforça a crescente percepção de que o STF tem ampliado sua influência política, o que gera preocupações sobre a separação entre os poderes e a credibilidade da Justiça. O caso agora depende da reação de parlamentares e governadores, que poderiam levar a denúncia adiante, mas, até o momento, não demonstraram disposição para enfrentar diretamente o ativismo judicial.



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