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O Brasil enfrenta mais uma onda de calor, a terceira do ano, com temperaturas acima da média, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Fenômenos climáticos como calor intenso, tempestades e períodos prolongados de seca impactam diretamente os serviços de saneamento básico, trazendo desafios para garantir o fornecimento adequado de água potável e a gestão de esgoto.
Impactos no Abastecimento de Água
A demanda por água aumenta significativamente durante ondas de calor, pressionando sistemas que já operam no limite. Além disso, a redução do volume dos mananciais, causada pela maior evaporação, eleva a concentração de poluentes e favorece o florescimento de cianobactérias, exigindo processos mais complexos de tratamento para manter a qualidade da água.
Nas Estações de Tratamento de Água (ETA), o calor extremo acelera o desgaste da infraestrutura, aumentando falhas mecânicas em bombas e tubulações, além de elevar o consumo de energia para captação e distribuição. Com isso, há maior risco de sobrecarga nos sistemas e até falhas no fornecimento de água.
Riscos para o Sistema de Esgoto
O aumento das temperaturas intensifica a decomposição da matéria orgânica no esgoto, gerando mais odores nas redes de coleta. Nas Estações de Tratamento de Efluentes (ETE), o calor excessivo pode comprometer a eficiência dos processos biológicos e sobrecarregar a capacidade projetada para o tratamento, elevando os custos operacionais e os desafios de manutenção.
A Necessidade de Adaptação
Com a intensificação das mudanças climáticas, políticas públicas voltadas para a resiliência hídrica e saneamento são essenciais. O fortalecimento da infraestrutura, a modernização dos sistemas de tratamento e o incentivo ao uso consciente da água são medidas fundamentais para garantir o abastecimento e minimizar os impactos das ondas de calor nas cidades brasileiras.
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