Mulheres representam 59% das matrículas no ensino superior e são maioria na docência

No Brasil, as mulheres são maioria no ensino superior, representando 59,1% das cerca de 10 milhões de matrículas nesse nível educacional. Elas também lideram entre os ingressantes, correspondendo a 59,4% dos novos estudantes em 2023, segundo dados do Censo da Educação Superior divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Nos últimos dez anos, o número de mulheres matriculadas na educação superior cresceu 138,6%, passando de 4,2 milhões para aproximadamente 10 milhões. Além disso, elas representam 47,6% do corpo docente universitário, com um total de 157.680 professoras entre os 331.326 docentes do ensino superior.

Presença feminina nas licenciaturas e ações do MEC

Nos cursos de licenciatura, que formam professores, a presença feminina é ainda mais expressiva: 73,9% das matrículas são de mulheres. Entre os ingressantes nessas graduações, elas representam 75,1% do total. Com isso, o MEC tem implementado iniciativas para fortalecer a formação e valorização dos docentes, como o Programa Mais Professores para o Brasil, que inclui a Prova Nacional Docente (PND), prevista para o segundo semestre de 2025.

O programa visa incentivar a entrada de novos professores na rede pública e garantir melhores condições para os profissionais da educação. Outras medidas incluem o Pé-de-Meia Licenciaturas, o Bolsa Mais Professores e ações em parceria com bancos públicos e outros ministérios.

Mulheres na educação básica e profissional

A trajetória até o ensino superior começa na educação básica, onde as meninas representam 49,4% das 47,3 milhões de matrículas. Elas são maioria no ensino médio, com 50,9% das estudantes, e predominam na educação profissional e tecnológica (57,9%) e na educação de jovens e adultos (51,9%).

Na docência da educação básica, a presença feminina é ainda mais significativa: 79,5% dos professores são mulheres, assim como 81,6% das profissionais em cargos de direção escolar.

Os números refletem o papel crescente das mulheres na educação e a importância de políticas públicas para incentivar sua permanência e valorização no setor.