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Guerra
08/03/2025 20:00:00

Conflito na Síria: combate entre forças do governo e leais a Assad deixa dezenas de mortos

Conflito na Síria: combate entre forças do governo e leais a Assad deixa dezenas de mortos

O conflito na Síria atingiu um novo patamar de violência com a morte de dezenas de pessoas em ataques realizados por combatentes leais ao novo governo contra aldeias costeiras que ainda apoiam o antigo regime de Bashar al-Assad. Os confrontos, iniciados na quinta-feira (6) e prolongados até sexta-feira (7), resultaram em mais de 200 mortes, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Desde a queda de Assad, em dezembro, os confrontos entre o novo governo e grupos remanescentes do regime deposto têm sido constantes. Os ataques recentes foram uma resposta a emboscadas feitas por combatentes leais a Assad contra forças de segurança do atual governo. Homens armados invadiram aldeias como Sheer, Mukhtariyeh e Haffah, executando 69 homens supostamente ligados ao antigo regime, enquanto a cidade de Baniyas registrou ao menos 60 mortos, incluindo mulheres e crianças.

Damasco enviou reforços para cidades como Latakia e Tartus, onde a seita alauíta – base de apoio de Assad – ainda mantém influência. O recolher obrigatório foi imposto na região, enquanto relatos apontam que os moradores estão presos em casa devido à intensidade dos combates.

A crescente violência gerou reações internacionais. A Alemanha e a União Europeia apelaram por moderação e buscaram soluções pacíficas para evitar mais mortes. A Rússia, que historicamente apoiou Assad, afirmou estar coordenando esforços para acalmar a situação, enquanto a Turquia alertou que o conflito representa uma ameaça à estabilidade da Síria.

Diante do agravamento da crise, o presidente interino Ahmad al-Sharaa pediu que combatentes leais ao antigo regime entreguem as armas e que as forças do novo governo evitem abusos contra civis e prisioneiros. No entanto, o receio de que a violência alimente tensões sectárias no país continua a crescer, aumentando a incerteza sobre o futuro da Síria.