Movimentos ambientalistas denunciaram ao Ministério Público de Alagoas (MP/AL) a destruição do relevo e a supressão da vegetação nativa em uma área próxima ao GBarbosa e ao Parque Shopping, no bairro de Cruz das Almas, em Maceió. O Observatório Ambiental Alagoas e a Rede Alagoana pelo Meio Ambiente afirmam que as atividades de terraplanagem na região podem comprometer a estabilidade do solo, aumentar os riscos de erosão e deslizamentos, além de impactar a fauna local.
A denúncia foi formalmente encaminhada no dia 26 de fevereiro ao promotor de Justiça Paulo Henrique Carvalho Prado, do Núcleo de Urbanismo, e também será acompanhada pela Promotoria de Meio Ambiente, sob coordenação do promotor Alberto Fonseca. Segundo os denunciantes, a retirada indiscriminada da vegetação afeta uma Área de Preservação Permanente (APP), contrariando o Código Florestal e colocando espécies da fauna silvestre em risco, como gambás, saguis, iguanas, periquitos e jiboias.
Outro ponto da denúncia refere-se ao uso de maquinário pesado em horários irregulares, gerando poluição sonora e transtornos para os moradores. As entidades cobram a apresentação de licenças ambientais, estudos de impacto e outras autorizações que garantam a legalidade da obra. Além disso, solicitam a suspensão imediata das intervenções até que a regularidade do empreendimento seja comprovada e que medidas de mitigação, como reflorestamento e realocação da fauna, sejam adotadas.
Os ambientalistas alertam que os danos ambientais podem ser irreversíveis, comprometendo a qualidade de vida da população e aumentando os riscos de enchentes e deslizamentos durante o período chuvoso. Diante da gravidade da situação, exigem uma resposta urgente das autoridades para evitar maiores prejuízos ao meio ambiente e à comunidade local.