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O Hamas afirmou nesta quinta-feira (6) que as recentes ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra os palestinos servem como incentivo para que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não avance em um acordo de cessar-fogo em Gaza. A informação foi divulgada pela agência Reuters.
Segundo Abdel-Latif Al-Qanoua, porta-voz do Hamas, "as ameaças repetidas de Trump contra nosso povo representam um estímulo a Netanyahu para impedir o acordo e intensificar o cerco e a fome contra os palestinos", declarou em comunicado enviado à agência.
O representante do grupo ainda destacou que a forma mais eficaz para garantir a libertação dos prisioneiros israelenses seria prosseguir com a segunda fase do cessar-fogo e pressionar Israel a cumprir os termos acordados com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos.
Em vigor desde janeiro, o acordo previa que a segunda etapa incluiria a liberação dos reféns restantes e a realização de negociações para encerrar o conflito. No entanto, a primeira fase terminou no último sábado (1º) sem que houvesse consenso para avançar.
Desde então, Israel bloqueou completamente a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, condicionando a retomada das negociações à libertação dos reféns que ainda estão sob poder do Hamas.
Diante do bloqueio, autoridades palestinas alertam para o agravamento da crise humanitária, que ameaça os 2,3 milhões de habitantes de Gaza com o risco iminente de fome.
