Em uma tentativa de conter a inflação dos alimentos, o governo federal anunciou a isenção do Imposto de Importação sobre nove produtos essenciais. A medida foi divulgada nesta quinta-feira (6) pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, após reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e representantes do setor produtivo no Palácio do Planalto.
A partir da aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex), a tarifa será zerada para os seguintes alimentos:
Além disso, a cota de importação do óleo de palma foi ampliada de 65 mil para 150 mil toneladas, o que, segundo o governo, ajudará a garantir maior oferta no mercado interno.
Segundo Alckmin, a decisão busca favorecer os consumidores, sem prejudicar a produção nacional. "Você tem períodos de preços mais altos e mais baixos. Agora estamos em um momento em que reduzir o imposto ajuda a baixar preços. Não vai prejudicar o produtor, mas beneficiar a população", afirmou.
Outras ações para conter preços
Junto à isenção das tarifas, o governo também anunciou novas iniciativas para fortalecer o abastecimento e apoiar a produção de alimentos básicos:
Reforço dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que solicitou R$ 737 milhões para recompor reservas estratégicas de alimentos.
Prioridade para itens da cesta básica no Plano Safra, incentivando a produção com financiamento subsidiado para abastecer o mercado interno.
Aceleração do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), com meta de ampliar de 1.550 para 3.000 os registros de inspeção sanitária, agilizando a comercialização de alimentos como leite, mel, ovos e carnes em todo o país.
O pacote foi divulgado em meio à crescente pressão sobre o governo diante da alta nos preços dos alimentos, que impactam principalmente as famílias de menor renda e têm influenciado a queda na popularidade do presidente Lula.