Dois dos condenados pela morte do empresário Kleber Malaquias permanecem em liberdade devido à ausência de um presídio apropriado para o regime semiaberto em Alagoas. José Mário, sentenciado a oito anos de prisão, e Edinaldo Estêvão, condenado a 12 anos, deveriam estar cumprindo pena no semiaberto, mas, na prática, estão no regime aberto.
A falta de conclusão da unidade prisional específica para esse tipo de custódia tem gerado preocupação quanto à segurança pública do estado. De acordo com informações do governo, a obra do presídio deveria ter sido finalizada em 2022, porém permanece parada, com apenas um canteiro de obras sem previsão para entrega.
A situação foi apontada pelo deputado federal Fábio Costa (PP), que acompanha de perto o desenrolar do Caso Malaquias nos últimos anos. Após quase cinco anos de espera, o julgamento foi realizado nos dias 17 e 18 de fevereiro. Outros dois envolvidos no crime, Fredson José e Marcelo Souza, receberam penas maiores e permanecem no regime fechado.
“O Estado afirmou que precisaria de dois meses para concluir a construção. Agora estamos em 2025 e o que temos? Nada. Enquanto isso, criminosos que deveriam estar sob vigilância continuam soltos”, criticou Fábio Costa.
“O governo não pode tratar essa situação com descaso. A cada dia sem a conclusão da obra, a população fica mais vulnerável, enquanto condenados seguem livres pelas ruas”, completou.