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Após alta do ovo e da picanha, carne suína também registra aumento nos preços

Após alta do ovo e da picanha, carne suína também registra aumento nos preços

Com a elevação nos valores da carne bovina e dos ovos, os brasileiros passaram a consumir mais carne de porco como alternativa, o que também contribuiu para a alta nos preços do produto em fevereiro. O reajuste foi impulsionado principalmente pela menor oferta no mercado, aumento da demanda interna e equilíbrio com as exportações, como explicou Allan Maia, analista e consultor da Safras & Mercado. Segundo ele, a produção segue em ritmo estável, enquanto as vendas para o exterior apresentam ótimo desempenho, o que mantém a disponibilidade interna ajustada.

Ainda conforme Maia, a busca por opções mais acessíveis diante dos preços elevados da carne bovina e dos ovos fez com que a carne suína ganhasse espaço, provocando a valorização no setor. Ele também alerta que o cenário pode se agravar, já que o custo de produção segue em alta, com destaque para o milho, principal insumo da alimentação dos suínos, que enfrenta baixa oferta no país.

Os dados da Safras & Mercado indicam que o mercado de suíno vivo registrou aumentos relevantes em fevereiro nas principais regiões produtoras do país. No Centro-Sul, a média de preços avançou 8,69%, saindo de R$ 7,53 para R$ 8,18 por quilo. No atacado, o pernil teve alta de 14,95%, passando de R$ 12,95 para R$ 14,89, enquanto a carcaça subiu 16,09%, indo de R$ 11,73 para R$ 13,62.

Em São Paulo, o preço da arroba suína passou de R$ 156,00 para R$ 174,00. No Rio Grande do Sul, o valor do quilo vivo na integração subiu de R$ 6,50 para R$ 6,55, e no interior do estado foi de R$ 8,15 para R$ 8,80. Em Santa Catarina, o preço na integração aumentou de R$ 6,55 para R$ 6,60 e no interior de R$ 7,83 para R$ 8,70. No Paraná, o quilo vivo subiu de R$ 8,00 para R$ 8,85 no mercado livre e de R$ 6,55 para R$ 6,65 na integração.

Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a cotação subiu de R$ 7,60 para R$ 8,60 e, na integração, de R$ 6,50 para R$ 6,60. Já em Goiânia, os preços avançaram de R$ 8,00 para R$ 8,70. No interior de Minas Gerais, os valores subiram de R$ 8,50 para R$ 8,90 e no mercado independente de R$ 8,30 para R$ 9,10. Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o quilo vivo foi de R$ 7,50 para R$ 8,60 e na integração estadual de R$ 6,50 para R$ 7,05.

As exportações de carne suína “in natura” também apresentaram crescimento significativo em fevereiro, com receitas de US$ 196,228 milhões e média diária de US$ 13,081 milhões. No total, o país exportou 78,128 mil toneladas no período, com preço médio de US$ 2.511,6 por tonelada. Na comparação com fevereiro de 2024, houve aumento de 30,3% no valor médio diário, alta de 17,3% na quantidade média diária e crescimento de 11,1% no preço médio, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.



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