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O governo dos Estados Unidos aprovou com urgência a venda de armamentos no valor de quase US$ 3 bilhões para Israel, incluindo milhares de bombas e escavadeiras blindadas. A negociação foi comunicada ao Congresso na última sexta-feira, dispensando a análise dos comitês de Relações Exteriores da Câmara e do Senado devido ao caráter emergencial determinado pelo secretário de Estado, Marco Rubio.
De acordo com a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa dos EUA (DSCA), a operação foi classificada como essencial para a segurança nacional americana. Segundo a agência, a venda tem como objetivo reforçar a capacidade de Israel de enfrentar ameaças atuais e futuras, fortalecer sua defesa interna e atuar como elemento de dissuasão diante de riscos regionais.
O acordo foi dividido em três pacotes. O primeiro, avaliado em US$ 2,04 bilhões, inclui 35.529 bombas pesadas MK 84 ou BLU-117, além de 4.000 ogivas penetradoras I-2000. Parte desse arsenal pode ser enviada imediatamente a partir dos estoques militares dos EUA, enquanto o restante tem entrega prevista para 2026.
O segundo pacote, no valor de US$ 675,7 milhões, prevê o fornecimento de 201 bombas MK 83 de 1.000 libras, 4.799 bombas BLU-110A/B de 1.000 libras e 5.000 kits de orientação JDAM, com entregas programadas até 2028.
O terceiro pacote, avaliado em US$ 295 milhões, contempla a venda de escavadeiras blindadas Caterpillar D9 e equipamentos relacionados, com previsão de envio a partir de 2027.
A venda das escavadeiras blindadas havia sido suspensa durante o governo do ex-presidente Joe Biden devido a preocupações com violações de direitos humanos, após denúncias de que os equipamentos eram usados por Israel na demolição de estruturas em Gaza. No entanto, o atual presidente Donald Trump, empossado há seis semanas, revogou diversas restrições impostas pelo governo anterior no fornecimento de armamentos para Israel.
Entre as medidas anuladas por Trump está o Memorando de Segurança Nacional 20, que exigia de aliados dos EUA garantias de que armas americanas não seriam usadas contra civis ou para bloquear ajuda humanitária. Além disso, o governo autorizou o envio de bombas "bunker buster" de 2.000 libras, cuja entrega havia sido bloqueada por Biden em maio de 2024 durante a ofensiva israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
O conflito em Gaza teve início em 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas ao sul de Israel que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns. Desde então, os combates se intensificaram e Israel tem recebido apoio militar contínuo dos Estados Unidos.
