Carnaval: como se proteger do “Golpe da Maquininha” e de furtos de celulares

Com a chegada do Carnaval, é fundamental adotar cuidados extras para evitar transtornos durante a folia. Nesse período, criminosos se aproveitam das aglomerações para furtar celulares e aplicar golpes durante pagamentos com cartão, como o conhecido “golpe da maquininha”.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), golpistas que atuam como vendedores prestam atenção enquanto o cliente digita a senha e, no momento de devolver o cartão, podem trocá-lo. Com o cartão e a senha em mãos, realizam compras indevidas. Para evitar esse tipo de situação, é essencial que o próprio cliente insira o cartão na maquininha, confira se o cartão devolvido é realmente o seu e se atente ao visor do equipamento, que deve exibir apenas asteriscos no campo da senha. Caso a tela da maquininha esteja danificada, o ideal é não concluir a compra.

Antes de sair para os blocos, uma dica importante é revisar e ajustar, no aplicativo do banco, o limite do Pix para valores compatíveis com os gastos previstos. Segundo Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, essa medida auxilia no controle financeiro e aumenta a segurança. Além disso, vale habilitar as proteções do celular, como senhas e autenticação por biometria.

Outra recomendação é desativar temporariamente a função de pagamento por aproximação dos cartões físicos, mantendo ativa apenas a opção de pagamento por aproximação via celular, por meio do aplicativo wallet. Dessa forma, o cartão só poderá ser usado após o desbloqueio do aparelho, que exige a confirmação da identidade do usuário pelos mecanismos de segurança definidos pelo banco.

Para garantir ainda mais segurança, o folião deve solicitar o comprovante impresso da transação ou conferir imediatamente as notificações enviadas pelo aplicativo bancário e por SMS, verificando se o valor cobrado está correto, tanto em pagamentos convencionais quanto por aproximação.

No que diz respeito ao uso de celulares, a atenção deve ser redobrada. É importante evitar carregar o aparelho solto nos bolsos e mantê-lo sempre protegido. Em casos de furto ou roubo durante o uso do celular, os criminosos podem acessar o aparelho desbloqueado e buscar informações sensíveis, como senhas armazenadas em aplicativos e sites. A partir desses dados, tentam acessar aplicativos bancários para realizar transações.

Apesar desses riscos, a Febraban destaca que os aplicativos bancários possuem alto nível de segurança, com diversas camadas de proteção e tecnologias avançadas. Além disso, para acessar as contas via app, é obrigatória a utilização da senha pessoal do cliente e de outros fatores de autenticação específicos de cada instituição, o que aumenta a proteção das informações e dificulta ações criminosas.