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Acidente
02/03/2025 00:00:00

Desemprego e informalidade crescem entre jovens da América Latina e Caribe, aponta OIT

Desemprego e informalidade crescem entre jovens da América Latina e Caribe, aponta OIT

Os jovens da América Latina e do Caribe enfrentam taxas de desemprego três vezes superiores às dos adultos, enquanto 60% dos que trabalham estão na informalidade. Os dados são de um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que analisa as tendências da inserção da juventude no mercado de trabalho.

Impacto maior entre as mulheres

Apesar da recuperação gradual do emprego após a crise da pandemia de Covid-19, ainda persistem desigualdades significativas. Cinco em cada sete jovens que não estudam nem trabalham de forma remunerada são mulheres. Muitas enfrentam dificuldades para ingressar no mercado de trabalho devido às responsabilidades domésticas e ao trabalho de cuidado não remunerado, o que limita suas oportunidades de emprego formal.

Novos formatos de emprego e desafios

O relatório também aponta uma crescente desconexão entre as habilidades adquiridas no sistema educacional e as exigências do mercado de trabalho. Embora os jovens vejam a educação como um meio de melhorar sua empregabilidade, muitos encontram dificuldades para conseguir vagas compatíveis com sua formação.

A expansão de novas formas de emprego, como o trabalho em plataformas digitais, também impacta essa realidade. Embora ofereçam flexibilidade, essas ocupações frequentemente apresentam condições precárias. Além disso, há uma crescente desconfiança dos jovens em relação aos sistemas de seguridade social e planos de pensão, levando-os a buscar alternativas de poupança independentes.

Risco para o desenvolvimento regional

A diretora regional da OIT, Ana Virginia Moreira Gomes, alerta que as dificuldades dos jovens para ingressar no mercado de trabalho afetam diretamente o desenvolvimento da região. Para enfrentar esse cenário, a agência recomenda o fortalecimento dos sistemas de formação profissional, a promoção de políticas ativas de emprego para jovens e o reforço da proteção social.

O relatório também destaca a importância da ampliação dos sistemas nacionais de assistência, a fim de reduzir as barreiras que dificultam a entrada das mulheres jovens no mercado de trabalho.



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