Um carro atropelou diversos pedestres que estavam em um ponto de ônibus nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, em um cruzamento ao sul de Haifa, no norte de Israel. O incidente deixou 14 pessoas feridas, incluindo uma jovem de 17 anos em estado crítico e duas vítimas com ferimentos graves. Outras cinco pessoas tiveram ferimentos leves, enquanto cinco receberam atendimento por crise de ansiedade.
De acordo com a imprensa israelense, o motorista fugiu após o atropelamento e, cerca de quatro quilômetros depois, colidiu contra uma viatura policial e atingiu um agente. Ele foi baleado e morto pela polícia, que continua investigando se ele agiu sozinho ou contou com a ajuda de cúmplices.
O vice-comissário da polícia israelense classificou o episódio como um ataque terrorista. O suspeito foi identificado como Jamil Ziud, um homem de 53 anos natural de uma aldeia próxima a Jenin, na Cisjordânia. Ele era casado com uma árabe-israelense e estava em território israelense de forma irregular.
A região de Jenin tem sido alvo frequente de operações militares de Israel. No último fim de semana, o Exército israelense realizou uma incursão com tanques de guerra na Cisjordânia pela primeira vez em mais de 20 anos. Desde o início do cessar-fogo em Gaza, em 19 de janeiro, estima-se que 40 mil palestinos tenham sido deslocados na Cisjordânia.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou no domingo, 23 de fevereiro, que ordenou a ampliação das operações nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarem e Nur al-Shams, com o objetivo de desmantelar a infraestrutura de grupos terroristas. Como parte dessa ofensiva, Israel anunciou o envio de tanques para Jenin, marcando a primeira movimentação desse tipo na região em mais de duas décadas.