O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) condenou um pastor evangélico a **45 anos de prisão** por estupro e atos libidinosos contra suas filhas gêmeas adotivas. A sentença, proferida pelo juiz Anderson Passos, da 1ª Vara da Comarca de Arapiraca, inclui ainda **dois meses e seis dias de detenção** pelo crime de ameaça. O réu cumprirá a pena em regime fechado.
Detalhes do casoOs crimes ocorreram entre 2015 e 2022, na zona rural de **Craíbas (AL)**, onde o pastor abusava sexualmente das adolescentes desde os 10 anos de idade. As vítimas relataram que o réu as ameaçava de morte caso denunciassem os abusos. A situação veio à tona quando uma das jovens revelou os crimes a familiares em maio de 2022.
Fuga e prisão**
Após a denúncia, o pastor fugiu, mas foi preso em **julho de 2024** em Pernambuco. Durante o julgamento, negou as acusações, mas os depoimentos das vítimas, testemunhas e laudos periciais confirmaram a materialidade dos crimes.
Fundamentação da sentença
O juiz Anderson Passos destacou a consistência das provas:
*“As vítimas, em depoimentos inquisitoriais e judiciais, confirmaram com precisão os toques lascivos e a conjunção carnal praticados pelo réu, que agiu sob a condição de pai adotivo”*.
A decisão considerou a 'vulnerabilidade das adolescentes' e a violência sistemática ao longo de sete anos. O réu foi condenado por **estupro de vulnerável** (art. 217-A do Código Penal) e ameaça (art. 147).
Repercussão
O caso mobilizou a opinião pública em Alagoas, reforçando debates sobre violência sexual intrafamiliar e a necessidade de proteção a crianças e adolescentes em situações de adoção. A sentença foi celebrada por defensores de direitos humanos como um marco no combate à impunidade nesses crimes.
Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL)
Informações: Processo judicial sob sigilo