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A primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, viajou em fevereiro para Roma, na Itália, onde participou de eventos relacionados ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (Fida). Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as passagens de ida e volta na classe executiva custaram R$ 34,1 mil aos cofres públicos.
No entanto, de acordo com um decreto presidencial de 2022, ainda durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), apenas ministros de Estado ou servidores em altos cargos comissionados têm direito ao uso de passagens na classe executiva. Como Janja não ocupa um cargo formal no governo, a despesa gerou questionamentos.
O governo federal argumenta que os gastos seguiram as normas oficiais para deslocamentos da primeira-dama em missões institucionais.
A viagem gerou críticas, especialmente entre membros da oposição. O Partido Novo solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma investigação sobre os custos das passagens aéreas. O pedido foi assinado pelo senador Eduardo Girão e pelos deputados Marcel Van Hattem (RS), Adriana Ventura (SP) e Gilson Marques (SC), que defendem a necessidade de apuração sobre possíveis irregularidades no uso de recursos públicos.
Além disso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que acionará o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) para obter esclarecimentos sobre o caso. Já o deputado Kim Kataguiri (União-SP) protocolou uma representação na Controladoria-Geral da União (CGU) solicitando uma investigação sobre a viagem da primeira-dama.
