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Acidente
25/02/2025 09:21:00

Novo coronavírus em morcegos gera alerta sobre possível transmissão para humanos

Novo coronavírus em morcegos gera alerta sobre possível transmissão para humanos

Pesquisadores na China identificaram um novo coronavírus em morcegos com potencial para infectar humanos, levantando preocupações sobre o risco de futuras pandemias. O vírus, denominado HKU5-CoV-2, utiliza o mesmo receptor celular humano que o SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19, de acordo com um estudo publicado na revista científica Cell em 18 de fevereiro. As informações são da Fox.

A pesquisa foi conduzida por Zheng-Li Shi, do Laboratório de Guangzhou, na província de Guangdong, em parceria com cientistas da Academia de Ciências de Guangzhou, da Universidade de Wuhan e do Instituto de Virologia de Wuhan. Os testes indicaram que o HKU5-CoV-2 foi capaz de infectar células humanas, além de tecidos pulmonares e intestinais cultivados artificialmente.

Potencial de transmissão e riscos

Embora o novo coronavírus tenha demonstrado capacidade de se ligar ao receptor ACE2 humano, o que possibilitaria sua transmissão para humanos, especialistas afirmam que o risco ainda é baixo. O professor clínico de medicina Marc Siegel, da NYU Langone Health, explicou que a ligação do HKU5-CoV-2 ao receptor celular é mais fraca do que a do SARS-CoV-2, tornando-o “muito menos potente”.

Ainda assim, a descoberta reforça a necessidade de monitoramento contínuo de vírus emergentes. “Os morcegos são hospedeiros naturais de diversos coronavírus, e o transbordamento zoonótico pode acontecer, permitindo que um vírus passe de animais para humanos”, destacou Siegel.

Monitoramento e transparência científica

A identificação do HKU5-CoV-2 reacendeu debates sobre a transparência nas pesquisas envolvendo coronavírus em morcegos na China. O Instituto de Virologia de Wuhan já foi alvo de especulações sobre a origem da Covid-19, e há questionamentos sobre a condução desses estudos.

Para Siegel, a colaboração internacional na pesquisa científica pode fortalecer a resposta global a futuras ameaças. “A pandemia de Covid-19 foi a mais grave em um século, mas isso não significa que uma nova esteja prestes a acontecer. No entanto, é essencial que a comunidade científica permaneça vigilante”, afirmou.

O estudo publicado na Cell representa um avanço na compreensão de vírus com potencial zoonótico e destaca a importância da pesquisa na antecipação de possíveis novas doenças infecciosas.



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