Uma operação integrada das forças de segurança de Alagoas, realizada na tarde de quarta-feira (19), resultou na apreensão de 210 kg de drogas e sete armas de fogo, incluindo um fuzil Sig Sauer 556, duas submetralhadoras, uma espingarda calibre 12, dois rifles e um revólver calibre 38. A ação ocorreu na Vila Brejal, no bairro da Levada, em Maceió, e levou à prisão de um casal.
De acordo com o delegado Gustavo Henrique, chefe de inteligência integrada da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL), as drogas apreendidas, avaliadas em R$ 1,4 milhão, pertenceriam ao traficante José Emerson da Silva, conhecido como "Nem Catenga". Mesmo foragido e escondido no Rio de Janeiro, ele continuaria coordenando atividades criminosas em Alagoas. A investigação aponta que as armas e drogas teriam sido enviadas do Rio para o estado.
A operação foi desencadeada após uma denúncia anônima sobre um veículo HB20 abandonado em um estacionamento privado, suspeito de estar ligado a atividades ilícitas. A partir daí, equipes da Inteligência Integrada da SSP, em conjunto com a Dracco (Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), ROTAM e o Ministério Público, montaram uma vigilância que culminou na apreensão e nas prisões.
Sobre os detidos:
A mulher presa não possui antecedentes criminais, o que, segundo o delegado, serve de alerta para o envolvimento de pessoas sem histórico em atividades criminosas.
O homem preso tem passagem por receptação, mas não por tráfico de drogas, indicando que ele já poderia estar atuando no crime sem ter sido identificado anteriormente.
Trabalho integrado:
O promotor de Justiça Napoleão Amaral Franco, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público de Alagoas, destacou a importância da integração entre as forças de segurança para o sucesso da operação. Ele ressaltou que ações como essa causam um impacto financeiro significativo ao crime organizado e elogiou o trabalho de inteligência realizado pela SSP e pelo MPAL.
A operação reforça os esforços das autoridades no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado em Alagoas, além de evidenciar a atuação de facções criminosas que operam além das fronteiras estaduais.