O Hamas anunciou que libertará seis reféns israelitas no próximo sábado, completando assim a primeira fase do cessar-fogo com Israel, na qual um total de 33 reféns devem ser libertados. Além disso, o grupo militante informou que entregará os corpos de quatro outros reféns que morreram em cativeiro.
A libertação ocorrerá em troca de centenas de prisioneiros palestinianos detidos por Israel. Até o momento, já foram realizadas seis trocas desse tipo entre as partes envolvidas.
Sem fornecer detalhes adicionais, o líder do Hamas, Khalil al-Hayya, declarou que os restos mortais pertencem à família Bibas, cujo único membro libertado com vida foi resgatado no dia 1 de fevereiro.
Inicialmente, previa-se que apenas três reféns fossem libertados neste sábado, e não está claro o motivo da alteração no número de reféns a serem soltos.
Um alto funcionário israelita, que preferiu não se identificar, afirmou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu concordou em permitir a entrada de casas móveis e equipamentos de construção na Faixa de Gaza. Esse pedido vinha sendo feito há tempos e foi incluído nas negociações para acelerar a libertação dos reféns.
Na semana passada, o Hamas ameaçou interromper o processo de libertação, alegando que Israel estava descumprindo termos da trégua, incluindo a recusa em autorizar a entrada dos referidos materiais em Gaza.
O cessar-fogo, que começou em meados de janeiro, pôs fim a mais de um ano de conflitos violentos entre Israel e o Hamas. Além disso, possibilitou o aumento da entrada de ajuda humanitária na devastada Faixa de Gaza e permitiu que centenas de milhares de palestinianos retornassem às suas casas, à medida que as forças israelitas se retiravam de várias áreas do território.