Na denúncia, o promotor de Justiça José Antônio Carlos Malta pede a condenação por feminicídio contra menor de 14 anos, e pelo adolescente sobrevivente, tentativa de homicídio triplamente qualificado. Ana Clara foi morta a golpes de faca, pelas costas.

Nos autos do processo, consta a frieza dos envolvidos no crime ao simularem um assalto para o interessado em matar executar seu plano sem levantar suspeitas. O suspeito é um rapaz que , segundo a denúncia, nutria interesse de se relacionar com a vítima e teria se revoltado ao vê-la conversando na calçada de uma creche com o adolescente que também foi atingido mais sobreviveu.

Ainda nos autos, há depoimentos que revelam que o suspeito do crime tinha o costume de vigiar e persegui-la em festas e outros lugares públicos. Após os crimes, os três envolvidos voltaram para suas casas como se nada tivesse ocorrido.

O crime

Era festa da padroeira da cidade  de Maravilha, no dia 3 de outubro, quando dois casais de adolescentes, entre eles Ana Clara e um rapaz de 17 anos, que estava com ela.

Conforme os depoimentos dos suspeitos, eles estavam em um automóvel Gol, que se aproximou de Ana Clara e do rapaz, anunciando um assalto. No entanto, o casal nega essa versão. Eles alegam que o terceiro ocupante do veículo, que havia pedido uma carona após uma festa, desceu do carro e esfaqueou o jovem, em seguida matando a menina, deixando a faca cravada em suas costas.

Segundo o casal, o acusado agiu por ciúmes, pois queria um relacionamento com a vítima. Segundo a versão deles, o homem teria chamado o casal de conhecidos para entregar uma encomenda, mas ao chegarem em frente a uma creche, ele desceu do carro, cobriu o rosto com uma camisa e atacou as vítimas. Já o principal suspeito, em seu depoimento, insiste que o crime aconteceu durante uma tentativa de assalto.

Ana Clara foi morta a facadas e o rapaz que estava com ela, que também foi atacado, conseguiu fugir e sobreviveu.

*com informações do MPE-Al