O lipedema é uma condição crônica que afeta principalmente mulheres, caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas, 1 tornozelos e, em alguns casos, nos braços. Apesar de ser frequentemente confundido com obesidade ou linfedema, o lipedema possui características próprias e requer cuidados específicos
Uma das dúvidas mais comuns sobre o lipedema é se ele é hereditário. Embora a causa exata da condição ainda não seja totalmente compreendida, existem evidências que sugerem que a hereditariedade pode desempenhar um papel no seu desenvolvimento. Estudos apontam que cerca de 15% a 60% das mulheres com lipedema relatam ter parentes de primeiro grau (mãe, irmã, filha) com a condição.
Essa predisposição genética significa que mulheres com histórico familiar de lipedema têm maior probabilidade de desenvolver a condição em algum momento da vida. No entanto, é importante ressaltar que a hereditariedade não é o único fator determinante. Outros fatores, como alterações hormonais (puberdade, gravidez, menopausa) e estilo de vida (sedentarismo, má alimentação), também podem influenciar o surgimento e a progressão do lipedema.
Especialistas recomendam que mulheres com histórico familiar de lipedema fiquem atentas aos primeiros sinais da condição, como dor e sensibilidade nas pernas, sensação de peso e cansaço, e dificuldade para encontrar roupas que sirvam na parte inferior do corpo. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
O tratamento do lipedema geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, com a combinação de diferentes terapias, como drenagem linfática, terapia compressiva, exercícios físicos de baixo impacto, dieta equilibrada e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos. É fundamental procurar um médico especialista em angiologia ou cirurgia vascular para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento individualizado.
Em resumo, o lipedema pode ter um componente hereditário, mas não é exclusivamente causado por ele. A predisposição genética, combinada com outros fatores, pode aumentar o risco de desenvolver a condição. Mulheres com histórico familiar devem ficar atentas aos sinais e procurar um médico em caso de suspeita.