Em Maceió, Alagoas, moradores dos Flexais de Cima e de Baixo, áreas afetadas pela mineração da Braskem, se reuniram em audiência pública para relatar as dificuldades que enfrentam e pedir por realocação e indenização. A reunião foi organizada pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL) e contou com a presença de deputados, vereadores e representantes de movimentos sociais.
Os moradores relataram diversos problemas, como a falta de segurança na região, a precariedade estrutural das casas, com rachaduras e água minando do chão, a presença de animais como jacarés e a ausência de um cemitério. Além disso, eles afirmam que foram afetados pelo isolamento social e econômico causado pela tragédia.
Os moradores pedem que sejam realocados para um local seguro e que recebam indenizações para recomeçar suas vidas. Eles também cobram ações da Braskem e das autoridades para solucionar os problemas da região.
A Defensoria Pública informou que os depoimentos dos moradores serão usados para embasar medidas imediatas, como o envio de ofícios e requerimentos aos órgãos competentes e ações judiciais.
O pesquisador Abel Galindo alertou que o afundamento do solo pode chegar à Avenida Fernandes Lima, um dos principais corredores de transporte de Maceió. Segundo ele, os imóveis próximos à avenida correm o risco de se desvalorizar devido aos impactos estruturais.
O caso Braskem é acompanhado de perto pela DPE-AL e por diversas autoridades. A população cobra soluções e medidas para minimizar os impactos da mineração na vida dos moradores dos Flexais.