O dólar fechou a semana em queda, atingindo seu menor valor ante o real desde 8 de novembro de 2024. Nesta sexta-feira (14/2), a moeda norte-americana recuou 1,26%, sendo cotada a R$ 5,696 no fechamento do pregão. Ao longo da semana, o dólar acumulou uma desvalorização de 1,65%, com uma queda de cerca de 10 centavos. Desde o início do ano, a moeda já perdeu quase 8% de seu valor.
Outras moedas também caem
Além do dólar, outras moedas também registraram queda frente ao real nesta sexta-feira. O euro recuou 0,69%, cotado a R5,97,????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????0,92 7,17.
Fatores que influenciaram a queda
A valorização do real e a queda do dólar foram impulsionadas por uma série de fatores, tanto no cenário interno quanto no externo. No plano internacional, a decisão dos Estados Unidos de não implementar imediatamente as tarifas comerciais anunciadas contra outros países trouxe alívio ao mercado. Além disso, o avanço nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, com o conflito se aproximando de três anos, também contribuiu para o otimismo.
No Brasil, a percepção positiva do mercado foi reforçada por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou em entrevista à Rádio Clube do Pará que a economia surpreendeu nos últimos dois anos e que não cometerá excessos no controle fiscal em 2025. Além disso, uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira mostrou o pior nível de popularidade de Lula em seus três mandatos, o que, segundo analistas, pode indicar menores chances de reeleição em 2026, algo visto com bons olhos pelos investidores.
Bolsa de Valores em alta
Enquanto o dólar caía, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) registrou uma alta expressiva de 2,70%, fechando em 128.218 pontos. Quase todas as ações listadas na bolsa tiveram valorização, com destaques para:
Vale (VALE3): alta de 1,48%
Petrobras (PETR4): alta de 3,08%
Bancos e varejistas: também apresentaram desempenho positivo ao longo do dia.
Perspectivas para o futuro
A queda do dólar e a alta da bolsa refletem um cenário de otimismo no mercado financeiro, impulsionado por fatores como a melhora nas expectativas fiscais, o avanço nas negociações de paz no exterior e a percepção de maior estabilidade política no Brasil. Analistas acreditam que, se esses fatores se mantiverem, o real pode continuar a se fortalecer nos próximos meses, enquanto a bolsa pode seguir em trajetória de alta.
No entanto, o mercado segue atento a possíveis mudanças no cenário global, como a implementação de novas tarifas comerciais pelos EUA ou desdobramentos no conflito entre Rússia e Ucrânia, que podem impactar a dinâmica do câmbio e dos investimentos no Brasil.